O PSD de Mogadouro desafiou hoje o presidente da câmara, Francisco Guimarães (PS), a tornar público o contrato de adjudicação que está na base da constituição como arguida de uma vereadora no âmbito da operação Éter.

"Lançámos um repto ao Sr. presidente da Câmara Municipal de Mogadouro para que torne público o contrato de adjudicação que está na base da constituição como arguido de um dos membros do executivo", concretiza o PSD, em comunicado.

O desafio surge na sequência de uma investigação sobre a instalação de lojas interativas de turismo (LIT) realizada no âmbito da Operação Éter, em que um dos elementos do executivo municipal de Mogadouro foi constituído arguido.

"Não foi com muito espanto que assistimos à constituição de arguido de um dos membros do executivo da Câmara Municipal de Mogadouro, na sequência de investigações levadas a cabo pela Policia Judiciaria (PJ), indicou a estrutura local do PSD de Mogadouro.

Os elementos da concelhia social-democrata dizem-se "chocados" com "a desfaçatez com que o Sr. presidente da câmara, em declarações prestadas à agência Lusa, sem o mínimo respeito pela presunção de inocência de que goza a sua colega de executivo, tenta, à boa maneira saloia de passar as culpas para o executivo anterior, liderado pelo PSD".

O presidente da câmara de Mogadouro confirmou no dia 11 que um dos elementos do executivo municipal foi constituído arguido no âmbito da Operação Éter, por causa da instalação de uma loja interativa de turismo no concelho.

"Trata-se de um processo que vem do anterior executivo municipal, liderado pelo PSD. Informação esta que foi prestada à mesma entidade judiciária, no sentido de explicarmos como se iniciou todo este processo",vincou o autarca transmontano.

Perante estas afirmações, o PSD questiona o facto de ter sido constituído arguido um membro do atual executivo (PS) e não um do anterior (PSD).

"Nem por um momento defende a inocência da vereadora em causa, limitando-se a tentar a sacudir a água do capote", vincou o PSD de Mogadouro.

Apesar de várias tentativas, a Lusa não conseguiu uma reação do presidente da câmara de Mogadouro.

A Operação Éter investiga a alegada "imposição", por parte da TPNP, das empresas responsáveis pela instalação das lojas.

No dia 25 de outubro, o MP deduziu acusação contra 29 arguidos (21 pessoas individuais e oito entidades coletivas), incluindo o ex-presidente da TPNP, Melchior Moreira, que se encontra em prisão preventiva desde 18 de outubro de 2018.

Melchior Moreira foi detido a 18 de outubro de 2018 pela Polícia Judiciária e fez dia 25 um ano que aguarda julgamento em prisão preventiva.

O ex-presidente da TPNP está acusado de 38 crimes (12 de participação económica em negócio, três de peculato de uso, três de peculato, nove de abuso de poder, um de corrupção passiva, sete de falsificação de documento e três de recebimento indevido de vantagem).



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