O social-democrata Fernando Queiroga reassumiu hoje a presidência da Câmara de Boticas e vai suspender o mandato para tomar posse como deputado eleito nas listas da AD por Vila Real nas legislativas de domingo.
Fernando Queiroga disse hoje à agência Lusa que se vai manter no cargo de presidente da Câmara de Boticas, onde cumpre o terceiro e último mandato, até ao momento em que for chamado para tomar posse na Assembleia da República.
O autarca do PSD vai ser substituído pelo seu vice-presidente, Guilherme Pires, que já tinha assumido o cargo quando Fernando Queiroga pediu a suspensão de mandato para integrar, no terceiro lugar, as listas da AD - Coligação PSD/CDS pelo círculo eleitoral de Vila Real.
Quando assumir a presidência da Câmara de Boticas, Guilherme Pires deverá ficar também com todos os pelouros de Fernando Queiroga, acumulando com os seus, e que vão desde a coordenação geral, recursos humanos, finanças municipais, obras, proteção civil, fundos comunitários, gestão urbanística, juntas de freguesia, entre outros.
Segundo os resultados provisórios das legislativas de domingo, a AD, que tinha como cabeça de lista a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, foi a força política mais votada nos 14 concelhos no distrito de Vila Real.
A AD elegeu três deputados (Ana Paula Martins, Amílcar Almeida e Fernando Queiroga), o PS elegeu Rui Santos, presidente da Câmara de Vila Real, e o Chega reelegeu a deputada Manuela Tender.
Desde, pelo menos, 1999 que o PS não tinha um resultado tão baixo no distrito transmontano, de acordo com os dados oficiais do Ministério da Administração Interna (MAI).
A AD venceu nos 14 concelhos do distrito de Vila Real, nomeadamente, Alijó, Boticas, Chaves, Mesão Frio, Mondim de Basto, Montalegre, Murça, Peso da Régua, Ribeira de Pena, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar e Vila Real e a Iniciativa Liberal passou de sexta para quarta força política no distrito.
De um total de 206.902 eleitores inscritos neste círculo eleitoral, foram votar 113.806, com a abstenção a fixar-se em 44,9%.