Costa do Sauípe, Salvador, Brasil, 23 Abr (Lusa) - Os portugueses estão a investir na Bahia e a comprar casas para passar férias na região, disse hoje à Lusa o presidente da Bahiatursa, organismo público de turismo para aquele Estado.

"A Bahia recebeu no ano passado 550 mil visitantes estrangeiros, 40 por cento dos quais da Península Ibérica. Deste número, 70 por cento são portugueses. E muitos estão a vir para a Bahia para morar", disse Cláudio Taboada, que participa na Costa do Sauípe da Brazil National Tourism Mart (BNTM), única bolsa de turismo do Brasil.

Claúdio Taboada disse à Lusa que uma moradia, que custa entre 500 mil a um milhão de euros no Algarve, pode ser construída com os mesmos padrões de qualidade na região litoral da Bahia por 200 mil euros.

"Com esta facilidade de acesso diário para a Europa, é possível ter uma boa residência de Verão na Bahia. O turismo no mundo globalizado é feito desta forma, e há ainda a facilidade da língua comum e a nossa cultura que é voltada para os laços dos nossos patrícios", referiu o responsável pela Bahiatursa.

Cláudio Taboada destacou ainda que os maiores grupos hoteleiros portugueses - Pestana e Vila Galé - estão instalados na Bahia.

Na semana passada, o grupo Vila Galé anunciou investimentos de 30 milhões de dólares (25 milhões de euros) na construção de um resort em Gurajuba, a 40 quilómetros ao norte de Salvador.

O presidente da Bahiatursa disse que o Estado recebeu entre 1998 e 2004 cerca de 300 milhões de euros de investimentos portugueses.

No ano passado, o total de investimentos em equipamentos hoteleiros na Bahia foi de 543 milhões de dólares (456 milhões de euros), sendo 400 milhões de euros provenientes da Península Ibérica.

Em contrapartida, o Estado investiu desde 1991 mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros) em infra- estruturas.

"Estes investimentos e a diversidade geográfica e cultural do Estado permite trabalhar com experiência, não só no turismo de lazer, mas também no segmento de convenções, feiras, negócios, agronegócios, desporto, ecoturismo ou turismo religioso", assinalou Cláudio Taboada.



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