As portuguesas residentes em França têm mais filhos que aquelas que habitam em Portugal, tendo mantido uma média de dois nascimentos entre 1998 e 1999, apurou o instituto de estatísticas francês INSEE.

De acordo com um estudo divulgado este fim-de-semana por aquele organismo público, entre as cidadãs portuguesas em França foi registada uma evolução positiva de 10 por cento, passando de 1,86 filhos em 1989-90 para 2,04 filhos em 1998-99, ultrapassando a taxa de fecundidade nacional portuguesa, segundo dados recolhidos pelo INSEE.

Este valor ultrapassa ainda a taxa de fecundidade francesa entre 1989 e 1999, que variou apenas uma centésima, fixando-se numa média de 1,72 filhos, e afirma-se como a maior entre as mulheres europeias a residir em território francês.

A fecundidade das portuguesas é, no entanto, largamente ultrapassada pelas mulheres magrebinas (Argélia, Marrocos e Tunísia), com uma média de 3,25 filhos, do resto da África, com uma fecundidade de 4,07 crianças, ou das turcas, com 3,35 filhos cada.

Embora a tendência seja ter filhos mais tarde, a idade média da maternidade das portuguesas é entre os 27 e os 28 anos em 1999, mas ainda é mais baixa que a média francesa, que subiu de 28 anos em 1990 para quase trinta anos em 1999.

Tendo contabilizado 147.419 mulheres de nacionalidade portuguesa entre os 15 e os 49 anos em 1999 (225.612 em 1982 e 203.159 em 1990), o INSEE contou 7.179 nascimentos, dos quais 29 por cento fora do casamento, uma situação que aumentou na última década.

Segundo o INSEE, em 1999 houve ao todo 744.791 nascimentos em França, dos quais 669.683 de mãe de nacionalidade francesa (mas cuja origem pode ser estrangeira) e 75.108 de mãe com nacionalidade estrangeira.



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