O cabeça de lista pelo PS à Câmara de Mondim de Basto, Paulo Mota, disse hoje que quer devolver o “rigor, o critério e a competência” à gestão daquela autarquia do distrito de Vila Real.

Paulo Mota, com 47 anos, lidera pela segunda vez consecutiva a candidatura socialista a Mondim de Basto.

“Mais do que obras isoladas, vamos implementar um novo modelo de governação local transparente e participado. Ainda assim, temos projetos bem definidos. Impulsionar o aumento da oferta de habitação, algo que passa por concluir urgentemente a revisão do Plano Diretor Municial (PDM) e o investimento em loteamentos municipais, melhorar, e alargar, a rede de abastecimento de água e saneamento”, afirmou à agência Lusa.

O socialista disse que, em quatro anos, “nada foi feito para além da conclusão dos investimentos lançados no anterior mandato”.

Paulo Mota iniciou a sua vida profissional, em 2001, como fotógrafo e técnico audiovisual, e a partir do final de 2009 desempenhou funções na autarquia de Mondim de Basto, inicialmente como chefe de gabinete da presidência e depois como vereador e vice-presidente da câmara.

Em 2021, o PSD conquistou a câmara de Mondim de Basto com 2.331 votos (48,93%), o PS ficou em segundo lugar com 2.006 votos (42,11%), o CDS-PP obteve 281 votos (5,90%) e a CDU (coligação PCP/PEV) 40 (0,84%). O executivo municipal é composto por três eleitos pelo PSD e dois pelo PS.

Atualmente, Paulo Mota é secretário da vereação na Câmara Municipal de Valongo e vereador da oposição na Câmara de Mondim de Basto.

“Vamos também apostar na economia social, privilegiando a cooperação com as instituições particulares de solidariedade social para o alargamento das respostas, algo que já fizemos no anterior mandato”, frisou.

Uma cooperação que, acrescentou, se estenderá à iniciativa privada e ao empreendedorismo local, “em contraste com o atual modelo que se tem centrado quase exclusivamente em obra pública e novos equipamentos”.

Paulo Mota defendeu que o “concelho tem que criar condições para gerar riqueza”, considerando que “isso só sucede quando a atividade económica prospera”.

Defendeu ainda um “suporte ao regresso dos emigrantes, com medidas de acolhimento e incentivo à fixação” e classificou como “principal motivo de preocupação o uso pouco criterioso do dinheiro disponível”.

“Assistimos a investimentos públicos de valores exorbitantes face ao serviço que se propõem prestar, uma ausência de prioridades reais e ao aumento dos gastos de natureza permanente, que coloca em risco o equilíbrio financeiro arduamente alcançado entre 2009 e 2022”, referiu.

Na sua opinião, “a forma como têm sido conduzidos processos decisivos para o concelho reflete falta de transparência, ausência de diálogo, com os cidadãos e os restantes eleitos, e a desvalorização das freguesias”.

“Hoje é possível afirmar que temos uma visão claramente diferente. Vamos recuperar uma gestão transparente e participada, que envolva os cidadãos, empresas, associações e os quadros da autarquia, que envolva todos os que se sentem afastados dos projetos em que a câmara gasta milhões e com os quais não se identificam”, salientou.

Paulo Mota disse ainda que “a folga orçamental que não existia há mais de uma década tem sido desperdiçada em decisões marcadas por deslumbramentos, desviadas das reais prioridades e revelam falta de visão estratégica”.

“Queremos romper com esse ciclo colocando o foco nas verdadeiras necessidades e ambições dos mondinenses", frisou.

O presidente da Câmara de Mondim de Basto, Bruno Ferreira, recandidata-se a um segundo mandato pelo PSD e o bancário Torcato Moura é o cabeça de lista pelo Chega.

As eleições autárquicas estão marcadas para o dia 12 de outubro.




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