Alberto Tapada, um dos representantes da nova associação, disse ao Semanário TRANSMONTANO que a criação da Aetur "corresponde à necessidade verificada de unir os empresários da região do Douro e de Trás-os-Montes na prossecução dos seus objectivos e interesses comuns".

"Queremos formar uma força política que defenda principalmente os interesses dos pequenos e médios empresários, que até este momento não tinham um órgão que defendesse os seus pontos de vista", acrescentou.

Segundo o responsável, a Aetur nasce num contexto de dificuldades, num ano catastrófico devido às intempéries e ao conjunto de acontecimentos que estão a marcar negativamente a imagem da região, nomeadamente a demissão de Mário Fernandes e a "confusão" de competências do Instituto de Navegabilidade do Douro (IND), resultantes da conclusão do inquérito à tragédia da ponte de Entre-os-Rios.

Por esse factor, "a associação apela às forças vivas e instituições para ajudarem a repor a credibilidade da nossa oferta turística, que nos últimos meses foi muito prejudicada", salientou Alberto Tapada, que diz ter solicitado já ao Governo a continuidade e o reforço das competências do IND, que no entender dos proponentes da Aetur, tem prestado "relevantes serviços ao desenvolvimento do turismo na região".

Para Alberto Tapada, é necessário incrementar e afirmar os diversos equipamentos criados na região nos últimos dez anos, ao nível de hotéis, turismo no espaço rural, recuperação de quintas associadas à rota do Vinho do Porto, parques naturais, museus, restauração, comboios históricos e operadores fluviais.

E salientou a "preservação da autenticidade e singularidade da oferta turística", devendo os empresários, na sua opinião, unir-se para "assumir esta imagem que nos distingue".

"O turismo, sendo indústria limpa, tem também um papel fundamental na luta contra a desertificação do interior", diz o representante da Aetur.

Alberto Tapada considerou ainda urgente a reposição das vias de comunicação, muito afectadas com as intempéries dos últimos meses, para que se "evite a anulação sistemática de grupos turísticos que se verifica no momento".

A escritura pública de constituição da AETUR, assinada por 15 empresários turísticos da bacia do Douro e de Trás-os-Montes, decorreu no Cartório Notarial de Mesão Frio.



PARTILHAR:

Por alegada «falta de verbas»

Espécies animais ameaçadas