O novo sistema de ensino para o primeiro ciclo está a pÎr em causa o Centro Escolar (CE) de Alfândega da Fé. As novas directivas impedem as aulas coadjuvadas e limitam as actividades complementares que eram implementadas há três anos, numa escola que já foi considerada um exemplo nacional.

O município e a Associação de Pais pediram ao Ministério da Educação a aplicação de um regime de excepção para o concelho, mas a resposta tarda. O autarca, João Carlos Figueiredo, assume que o ensino no concelho entrou numa fase de \"retrocesso\". O CE proporcionou aos alunos, desde o primeiro ano e além das aulas normais, actividades como música, expressão plástica, informática, educação física e inglês. Agora, com a rigidez de horário imposta aos professores e o impedimento de aulas coadjuvadas, \"quase inviabiliza a manutenção do sistema\".

Os mais prejudicados são os alunos das nove escolas que ainda funcionam nas freguesias, pois vêem a sua participação em actividades extracurriculares limitada à terça e à quinta-feira e, apenas, no inglês. O município também é prejudicado porque \"investiu\" e agora vê-se obrigado a desistir de muitas actividades.

Alguns pais começaram já a manifestar descontentamento e, ontem, os encarregados de educação de Gebelim impediram os alunos de se deslocarem ao CE para participar em actividades complementares. Nos últimos três anos, as crianças das aldeias iam para Alfândega da Fé de manhã e regressavam a casa ao fim da tarde, enquanto agora se deslocam, apenas, para usufruir de uma hora e meia de inglês no CE.

Números

300

mil euros Quantia dispendida anualmente pelo município no sistema de ensino implementado no Centro Escolar. As novas regras acarretam elevados prejuízos.

181

Alunos Frequentam o primeiro ciclo de Alfândega da Fé, 49 dos quais ainda têm aulas em escolas primárias que funcionam em nove aldeias. Apenas uma tem mais de 10 alunos.



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Investimento de 500 mil euros

125 mil euros de investimento