A Câmara de Mondim de Basto quer melhorar as condições de visita ao miradouro da cascata das Fisgas de Ermelo, na serra do Alvão, num investimento de 450 mil euros, disse hoje o presidente do município.

As quedas de água das Fisgas de Ermelo, no rio Olo, têm 400 metros, são consideradas uma das maiores da Península Ibérica e são um dos locais mais visitados do Parque Natural do Alvão (PNA), no distrito de Vila Real.

Humberto Cerqueira, presidente da Câmara de Mondim de Basto, afirmou à agência Lusa que o município quer melhorar as condições de visita ao miradouro do Fojo, no qual se podem observar as quedas de água.

O projeto prevê a criação de uma plataforma de observação da paisagem com acessos pedonais de acesso universal e áreas de estadia, ainda a criação de zonas de estacionamento para viaturas ligeiras, para bicicletas, motociclos e lugares para pessoas com mobilidade reduzida.

Humberto Cerqueira explicou que, durante uma visita recente ao local, o ministro da Economia deixou a garantia de que vai ser encontrada uma “forma de financiamento” para o projeto, “dentro dos programas comunitários disponíveis ou através do Turismo de Portugal”.

Em causa está, de acordo com o presidente, um investimento “na ordem dos 450 mil euros”, que será comparticipado a 85% e que espera que se possa concretizar “em breve”.

No local, segundo referiu, vai ser colocada “uma estrutura simples, com um impacto visual mínimo”, mas que vai dar vai resposta a “uma pretensão antiga” de “ter melhores condições para observação da paisagem” e possibilitar também “o acesso de pessoas com mobilidade reduzida”.

“Atualmente, uma pessoa que se desloque em cadeira de rodas não consegue observar a cascata porque não tem acesso ao ponto de observação”, referiu.

Numa altura em que o turismo de natureza está em crescimento há também, segundo o autarca, “cada vez mais pessoas a visitar” a zona das Fisgas, bem como a procurar as lagoas naturais do rio Olo e que são chamadas de Piócas.

Humberto Cerqueira sublinhou que a Câmara de Mondim de Basto está a trabalhar em vários outros projetos de “médio e longo prazo” para a área das Fisgas, em articulação com o Parque Natural do Alvão/ Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e a autarquia de Vila Real.

Por exemplo, referiu, está a ser estudada uma ponte pedonal que ligue as duas margens do rio Olo, bem como a melhoria dos acessos às Piócas e da sinalização no parque natural.

Adiantou ainda que, em conjunto com outros municípios, se está a trabalhar “na criação de um geoparque” e que Mondim de Basto “não desiste” da candidatura das Fisgas de Ermelo a Património Natural da UNESCO.

“O processo da candidatura é difícil, mas há um aspeto que é positivo, já ajudou a potenciar a visibilidade das Fisgas”, salientou.

Em 2016, a Comissão Nacional da UNESCO não inscreveu esta cascata na Lista Indicativa de Portugal.

Fotos: António Pereira


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