O ministro da Agricultura defendeu, em Valpaços, uma diversificação de mercados para as exportações de azeite e insistiu que o Governo vai apostar na simplificação e na desburocratização.

“O nosso objetivo, enquanto Governo, é o de melhorarmos o rendimento dos agricultores, o de retirarmos partido de todo o nosso potencial”, afirmou José Manuel Fernandes, que falava à margem da 7.ª edição do Congresso Nacional do Azeite.

Nesta que foi a sua primeira visita ao distrito de Vila Real enquanto ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes defendeu uma diversificação dos mercados para o azeite.

“Um dos objetivos é precisamente aumentar a produção e até diversificarmos os mercados que ficam muito dependentes quer de Espanha, quer do Brasil”, referiu.

José Manuel Fernandes realçou ainda os desafios que há para vencer neste setor, nomeadamente as alterações climáticas e a seca e, por isso, adiantou que está no programa do Governo um plano para o armazenamento e o abastecimento eficiente da água.

Num evento em que o azeite, a produção e o preço estiveram em destaque, o ministro apontou ainda a promoção do azeite a nível internacional e realçou que “o Compete 2030 também deve ajudar” neste desafio.

Hoje, o presidente do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL), Gonçalo Morais Tristão, defendeu um desbloqueio do papel da Associação Interprofissional da Fileira Oleícola (AIFO), permitindo que possa obter financiamento para a valorização e promoção do azeite português.

E insistiu que o ministério deveria eliminar os “obstáculos para o desenvolvimento da atividade da AIFO".

Já no discurso na sessão de encerramento do congresso, José Manuel Fernandes deixou uma garantia.

“Naquilo que depender do Ministério da Agricultura para a vossa organização interprofissional da fileira poder se candidatar a fundos e poder ter uma estratégia para a internacionalização, da nossa parte terá todo o apoio. Nunca seremos, a esse nível, um empecilho”, afirmou.

Mas, segundo acrescentou o ministro, o “Governo também está a fazer outra coisa, que é simplificar, desburocratizar”.

“Nós temos uma portaria que vai sair na próxima semana que vai ajudar, por exemplo, os agricultores que tem menos de 10 hectares que vão deixar de estar sujeitos a sanções e às regras de condicionalidade”, exemplificou.

Para além disso, apontou que o Governo vai também avançar para o que denominou de custos simplificados.

“Vamos avançar também para o pagamento contra fatura, e o nosso objetivo nesta simplificação tem ainda um outro ponto, o de simplificarmos o licenciamento”, acrescentou.

Segundo a organização, o Congresso Nacional de Azeite quer “contribuir para a dinamização do setor olivícola e oleícola nacional, um dos mais importantes da economia nacional”.

Desde o ano 2000 a produção nacional de azeite mais do que quintuplicou e as exportações aumentaram já mais de 12 vezes, ultrapassando a fasquia dos mil milhões de euros em 2023.

Organizado pelo CEPAAL, em parceria com a Câmara de Valpaços, o Congresso Nacional do Azeite realizou-se no âmbito da Feira Nacional de Olivicultura, que decorreu este fim de semana.



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