A Infraestruturas de Portugal (IP) aguarda a Avaliação de Impacte Ambiental para avançar com a eletrificação do troço Marco-Régua da Linha do Douro que, estima, deverá acontecer até final do ano, informou hoje à Lusa.

“Após a obtenção da respetiva aprovação, a IP estará em condições de poder avançar com o lançamento da empreitada, o que, nesta fase, se estima possa ocorrer até final deste ano”, refere a IP, em resposta enviada à agência Lusa.

A Linha do Douro desenvolve-se ao longo de 191 quilómetros, de Ermesinde (Porto) a Barca d´Alva (Guarda). 

A eletrificação do troço entre Marco de Canaveses, distrito do Porto, e Peso da Régua, distrito de Vila Real, envolve um investimento global estimado em 46,6 milhões de euros estando a decorrer o processo de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA). 

A Associação Vale d’Ouro tinha manifestado “apreensão”, em comunicado divulgado terça-feira, sobre ainda não ter sido lançada a obra de eletrificação do troço Marco de Canaveses-Régua nem o projeto do troço Régua-Pocinho.

Fonte da IP acrescentou ainda que, de forma a “mitigar eventuais atrasos”, o organismo “autonomizou a empreitada de rebaixamento e reforço dos túneis do troço, para permitir a eletrificação, estando apenas a aguardar a aprovação da despesa plurianual pela tutela para efetuar o lançamento desta empreitada”.

E acrescentou que está já a executar a empreitada de “instalação de sinalização eletrónica na Linha do Douro”.

“[É] uma intervenção que decorre igualmente no âmbito do [plano nacional de investimentos] Ferrovia 2020, que visa a instalação dos mais modernos sistemas de sinalização e comando, e que irá assegurar um importante reforço das condições de segurança, operação e fiabilidade da circulação ferroviária na Linha do Douro”, destacou a IP.

Quanto à modernização do troço Régua – Pocinho (Guarda), a IP referiu que está “a desenvolver o processo para lançamento da fase de estudos e projeto”, aguardando a “autorização da tutela”.

“Este é um projeto que integra o PNI2030 e sobre o qual a IP está já a trabalhar na sua concretização”, sustentou.

A IP referiu ainda o “forte investimento concretizado ao longo dos anos no aumento da segurança e fiabilidade da Linha do Douro”, tais como a estabilização de taludes, com “um investimento na ordem dos cinco milhões de euros”.

“Ao nível da reabilitação da via-férrea, em março deste ano teve início a empreitada de beneficiação da superestrutura de via (substituição de travessa, balastro e carril) numa extensão de 12 quilómetros no troço Pinhão – Tua, nos concelhos de Alijó [Vila Real] e Carrazeda de Ansiães [Bragança]. A obra está em execução, tem um prazo de execução de 300 dias e envolve um investimento total de cerca de seis milhões de euros”, apontou.

Fotografia: António Pereira



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