O Museu do Douro assinala na segunda-feira o aniversário do Património Mundial da UNESCO com a inauguração de uma exposição de 324 fotografias de Rui Pires que leva à descoberta das gentes, património e paisagens deste território.

O Alto Douro Vinhateiro(ADV) assinala na segunda-feira o 19.º aniversário da classificação como Património Mundial da UNESCO.

O Museu do Douro, no Peso da Régua, distrito de Vila Real, associa-se à data com a entrega dos prémios do concurso internacional de fotografia Douro Património Contemporâneo – Memória com futuro e a abertura da exposição do fotógrafo e documentarista Rui Pires.

“Acrescentamos ao Douro o olhar do Rui Pires, que é magnífico”, afirmou hoje o diretor da unidade museológica, Fernando Seara.

A mostra tem um núcleo de 40 fotografias de Rui Pires, impressas sobre tela, inseridas na coleção do Museu do Douro, patente na sala de exposições temporárias, mas, num ano marcado pela pandemia de covid-19, estende-se também ao ar livre, ao jardim e ao cais fluvial da Régua, através de imagens colocadas em estruturas retroiluminadas.

A exposição de Rui Pires contempla um total de 324 fotografias e, segundo Fernando Seara, está separada por três temas: pessoas, património construído e paisagem. A coleção foi oferecida ao Museu do Douro pelo próprio artista.

A mostra resulta de um trabalho “exaustivo” do fotógrafo, que em 2006 começou a fazer um levantamento paisagístico do Alto Douro Vinhateiro, tendo optado por fotografar com câmaras de grande formato e chapas de diapositivo de cor, de forma a evidenciar a máxima qualidade das texturas e cores da paisagem duriense.

Estão previstas várias apresentações desta exposição para 2021, que passam por Lisboa e Faro, mas também por Madrid, Barcelona, Castela e Leão e Galiza, numa iniciativa que conta com o apoio do Turismo do Porto e Norte de Portugal.

Por sua vez, o concurso internacional de fotografia desafiou os participantes para “a descoberta e observação do Douro”, retratando a “memória secular” duriense, as suas gentes, construções e objetos com que fazem vinho.

Concorreram cerca de três dezenas de fotógrafos e o primeiro prémio foi atribuído a António Jaime Abrunhosa, com o conjunto “Paisagens", o segundo prémio a João Galamba, com o conjunto “Linhas do Douro”, e o terceiro prémio a Alexandra Guedes, com o conjunto “As 4 estações no Douro”.

O júri decidiu ainda atribuir uma menção honrosa a António Jaime Abrunhosa, com o conjunto “Trabalhos”.

Este concurso internacional de fotografia foi promovido pela Fundação Museu do Douro, em parceria com o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto e o apoio mecenático da EDP - Gestão da Produção de Energia S.A..

Para além da publicação de um catálogo e a realização de uma exposição itinerante, as imagens vencedoras do concurso integrarão a base de dados Arquivos Visuais do Museu do Douro, projeto que procura identificar e divulgar a documentação visual associada à Região Demarcada.

No aniversário do Património Mundial, classificado em 2001, o Museu do Douro junta as várias entidades representativas do território como o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, a Turismo do Porto e Norte, a Liga dos Amigos do Douro Património Mundial e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.

Por causa da covid-19, os eventos serão realizados ‘online’, com transmissão na página da rede social Facebook da unidade museológica.

A pandemia marcou também o Museu do Douro que, depois de anos seguidos com aumento sustentado de visitantes, registou uma quebra acentuada, destacando-se, no entanto, o mês de agosto como o melhor de sempre por causa dos portugueses.

Foto: José Sousa "Outono Vibrante" | Douro Vinhateiro | Douro | 2020



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