Os emigrantes lusos já podem ter aulas virtuais de Língua Portuguesa com acompanhamento de professores e certificação.

Além de aprenderem português, ao acederem à página da Internet www.escolavirtual.pt, os alunos têm também informações diversas sobre Portugal, sobre os seus países de acolhimento e sobre a história de Portugal. São ainda disponibilizadas “on-line” obras como “Os Maias”, de Eça de Queiroz, e o “Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, podendo estas ser lidas ou vistas em filme.

A iniciativa, que está em prática desde o final do mês de Outubro, é da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, em conjunto com o Ministério da Educação, entre outras entidades.

A Escola Virtual – Comunidades Portuguesas é, assim, uma “plataforma de ensino à distância” que pretende promover a língua e cultura portuguesas no mundo. A disciplina de português está estruturada na Escola Virtual em aulas interactivas, nas quais animações, imagens e locuções “explicam os conteúdos e conceitos fundamentais”. Os alunos têm aulas entre os 45 e os 60 minutos, podem fazer testes de auto-avaliação, colocar dúvidas a professores e certificarem a sua aprendizagem.

Ainda só estão disponíveis alguns anos de escolaridade, nomeadamente os conteúdos pedagógicos para os 4º, 9º, 10º e 12º anos de escolaridades, afirma a agência Lusa, acrescentando, no entanto, que a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas tenciona ter todos os níveis de ensino operacionais durante o próximo ano lectivo.

Espera-se também que num “curto prazo” as respostas às dúvidas dos alunos possam ser dadas em tempo real. No sistema de auto-aprendizagem, os estudantes só poderão avançar de nível depois de responderem correctamente a várias questões.

A Escola Virtual é especialmente dirigida aos luso-descendentes e portugueses residentes no estrangeiro, mas, também de acordo com a Lusa, o titular da pasta da Emigração, António Braga, admite a possibilidade de o projecto ser alargado a estrangeiros interessados em aprender a língua portuguesa.

Para estudarem na Escola Virtual, os interessados podem aceder às aulas através de um cartão de acesso, fornecido nos balcões de todos os consulados e embaixadas portugueses no mundo e pela Caixa Geral de Depósitos. Os cartões terão um preço “simbólico” anual de 15 euros para o continente africano e América do Sul e 20 euros para o resto do Mundo, sendo os montantes diferenciados “entre zonas mais desenvolvidas e menos desenvolvidas”.

As cerca de 200 escolas de português no estrangeiro têm acesso gratuito à iniciativa.
Depois, os alunos que queiram certificar a sua aprendizagem podem inscrever-se para um exame presencial, realizado na Embaixada ou Consulado Português mais próximo da sua residência.

Sendo aprovado, será entregue ao aluno o certificado comprovativo do nível obtido, de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas, aprovado pelo Conselho da Europa.



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