O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, considerou hoje, no Parlamento, que a emigração de jovens portugueses qualificados sem oferta de emprego em Portugal pode ser algo «extremamente positivo».

«Quem entende que tem condições para encontrar [oportunidades] fora do seu país, num prazo mais ou menos curto, sempre com a perspectiva de poder voltar, mas que pode fortalecer a sua formação, pode conhecer outras realidades culturais, [isso] é extraordinariamente positivo», afirmou. \"Também nesta matéria é importante que se tenha uma visão cosmopolita do mundo\", acrescentou Miguel Relvas.

O ministro-adjunto dos Assuntos Parlamentares, que falava durante uma reunião sobre o Orçamento do Estado para 2012, respondeu assim à oposição, que criticou o secretário de Estado do Desporto e Juventude, Alexandre Mestre, por este ter sugerido aos jovens desempregados que saíssem da sua \"zona de conforto\" e procurassem oportunidades \"além-fronteiras\".

Dirigindo-se especialmente aos comunistas, o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares acusou-os de terem uma \"visão pobre\" sobre a emigração e qualificou de \"normal\" aquilo que foi dito pelo secretário de Estado da Juventude, num encontro com jovens em São Paulo, no Brasil.

Segundo Miguel Relvas, actualmente a emigração portuguesa \"é uma emigração muito bem preparada\", com \"jovens altamente bem preparados\" colocados em lugares no estrangeiro, e quem afirma o contrário está a olhar para Portugal \"a partir do espelho retrovisor do passado\".

\"Nós temos hoje uma geração extraordinariamente bem preparada, na qual Portugal investiu muito. A nossa economia e a situação em que estamos não permitem a esses activos fantásticos terem em Portugal hoje solução para a sua vida activa. Procurar e desafiar a ambição é sempre extraordinariamente importante\", reforçou.



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«Fortalecer a sua formação»

«Não terá portagens»