O presidente da Casa do Douro (CD), Manuel António Santos, foi hoje reeleito para o cargo que ocupa desde 1999, disse à Lusa fonte do Conselho Regional de Viticultores da CD.

Manuel António Santos concorreu sozinho à eleição para a direcção da instituição, depois de o movimento de viticultores Pró-Douro, encabeçado por Mário Abreu Lima, ter desistido da candidatura.

A direcção do organismo representativo da viticultura duriense é eleita por voto directo dos 125 conselheiros do Conselho Regional de Viticultores.

Segundo o presidente do conselho, José Costa Pereira, hoje votaram 93 conselheiros, 85 a favor de Manuel António Santos, cinco contra e três abstenções.

Costa Pereira salientou que no próximo sábado, dia 4 de Abril, se realiza uma reunião do conselho regional para a tomada de posse da direcção e eleição da Comissão de Fiscalização e da Comissão Permanente.

A direcção da CD, liderada por Manuel António Santos, terminou o mandato há um ano.

As eleições marcadas inicialmente para 1 de Fevereiro foram adiadas para 1 de Março, dia em que os durienses elegeram 75 dos 125 elementos do Conselho Regional de Viticultores, a maior parte dos quais tomou posse a 14 de Março.

Entretanto o movimento Pró Douro, liderado por Mário Abreu Lima, retirou a candidatura à direcção da CD, deixando Manuel António Santos sozinho na corrida.

A 21 de Março estava tudo pronto para reeleger Manuel António, mas, de acordo com os estatutos da instituição, faltaram os votos de quatro conselheiros para validar o acto eleitoral.

Nesse dia votaram apenas 94 dos 98 conselheiros necessários para validar o acto eleitoral.

Criada em 1932, a CD vive uma situação financeira muito complicada, com uma dívida ao Estado e à banca que ultrapassa os 100 milhões de euros.

Por isso mesmo, Manuel António Santos diz que a prioridade do novo mandato vai ser o pagamento da dívida da instituição ao Estado, através da entrega dos vinhos, que estão a ser avaliados pelo Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP).

Urgente, para Manuel António Santos, é também a clarificação dos estatutos da CD, importando decidir se se mantém como instituição de interesse público ou passa a privada.

A direcção da CD entregou uma petição com 4000 assinaturas para levar a Assembleia da República a debater os estatutos da instituição, que mantém a sua natureza pública com inscrição obrigatória dos viticultores.



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