O comandante e o segundo comandante dos bombeiros voluntários de Mogadouro apresentaram a sua demissão na terça-feira, havendo de momento um vazio de comando, confirmo hoje à Lusa fonte da direção da associação humanitária.

A mesma fonte revelou que haverá hoje uma reunião entre a direção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Mogadouro (AHBVM) e o Comandante Distrital de Operações e Socorro (CODIS) de Bragança, para se encontrar uma solução para o preenchimento deste “vazio de comando” neste corpo de bombeiros.

Contactado pela Lusa, o comandante demissório, José Carrasco, alegou que a sua demissão se prende com motivos de ordem pessoal.

A Direção da AHBVM remeteu mais esclarecimentos para tempo oportuno, referindo, contudo, que a demissão dos comandantes "nada tem a ver" com a denúncia do protocolo por parte da autarquia relativo à constituição de uma segunda Equipa de Intervenção Permanente (EIP).

A Câmara de Mogadouro (PSD) aprovou no dia 11, em reunião do executivo municipal, a denúncia do protocolo para criação de uma segunda EIP no corpo de bombeiros local.

Em comunicado publicado na página oficial da Internet, este município indicava que “este protocolo foi assinado em 23 de julho de 2021 [ainda no decurso do anterior mandato liderado pelo PS], sem que até à data tivesse sido realizada nenhuma das ações ou obrigações nele previstas”.

No dia seguinte à reunião do executivo, a direção dos Bombeiros de Mogadouro mostrou-se "indignada" com a decisão do município, afirmando que "nada fazia prever este desfecho".

O corpo de bombeiros de Mogadouro, no distrito de Bragança, tem no seu quadro ativo 80 bombeiros, entre homens e mulheres, e uma frota composta por 43 viaturas mais uma embarcação.  

Fotografia. António Pereira



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