O Castro do Crastoeiro, povoado fortificado da Idade do Ferro, em Mondim de Basto, poderá ser classificado como Imóvel de Interesse Público, depois de «vários» anos de espera, avançou hoje à Lusa o presidente da câmara.

Humberto Cerqueira referiu que, depois de anos à espera da classificação do castro, a reabertura do processo é sinal de que o assunto \"não caiu no esquecimento\" e deu \"mais um passo\".

Sem verbas para a realização de novos projetos, o autarca considerou que, a ser classificado, o Castro do Crastoeiro poderá \"beneficiar\" de estruturas de apoio e melhorias no espaço envolvente.

\"Queremos que o castro seja um motivo de interesse do concelho de Mondim de Basto e atraía mais visitantes\", disse.

O socialista salientou que a câmara, além da limpeza e manutenção do espaço, delimitou uma zona de proteção por causa das pedreiras existentes nas imediações que, com as movimentações, poderiam causar a sua destruição.

Alvo de trabalhos arqueológicos há mais de 25 anos, Humberto Cerqueira frisou que as peças de cerâmica, moedas e contas de vidro de filiação romana encontradas no castro estão em exposição no Museu Municipal de Mondim de Basto.

De acordo com o anúncio da Direcção-Geral do Património Cultural, publicado hoje em Diário da República, o processo está em consulta pública durante 15 dias úteis e tem por fundamento tratar-se de um \"importante povoado fortificado da Idade do Ferro com elevado valor histórico e científico e um forte potencial turístico\".

O Castro do Castroeiro, situado numa pequena elevação do Monte Farinha, em Mondim de Basto, foi construído durante a Idade do Ferro e é constituído por duas cintas de muralhas. No local foram identificadas gravuras rupestres.



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