Camilo Castelo Branco, um dos maiores nomes da Literatura Portuguesa, casou em Ribeira de Pena em 1841 com Joaquina Pereira de França.

A sua passagem por Ribeira de Pena foi bastante curta, menos de dois anos, mas teve um enorme impacto na sua grande obra, onde frequentemente refere espaços, personagens e histórias que levou deste concelho transmontano enquanto deambulava pela natureza, uma das suas musas que o fez criar e dar uso a imaginação.

A casa onde Camilo Castelo Branco viveu com sua primeira esposa em Ribeira de Pena é hoje ponto de referência no concelho e um lugar muito cobiçado por turistas pelo seu valor cultural.

 

Deixo-vos um poema da minha autoria, e uma ilustração a preto e branco dedicada a Camilo Castelo Branco muito bem ilustrada pela minha designer (Mafalda Martins) na obra que finalizamos recentemente " A arte de um Eu fragmentado" e que será lançada em breve.

 

A desfortuna de um Poeta

Camilo

um ser boémio,

cheio de grandes paixões;

deambulou à deriva,

dos seus pensamentos

conturbados,

fez a sua sina.

Ingressou na medicina,

mas deixou o amor pelos outros,

pela desgraça dos seus amores

contrariados; causou um vazio

e uma cegueira, que o colocou

em pedaços.

A sífilis, em estado grave

matou o sonho,

e a desventura ficou grave,

os olhos ficaram doentes,

e a cura que ansiava,

ficou no querer, a meio

do seu caminho.

a escrita não lhe curou

os erros de uma boa vida,

e ficou entristecido, degradado

por ter vivido,

sem alcançar,

 

o que pretendia!

Mas o seu sonho ficou eternizado,

na escrita,

e o reflexo da vida, está nas ações

do dia a dia!

Dê cor a dor: seja ela o que for...

 

Patrícia Meireles

 



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