A Câmara de Alijó disse hoje que está a investir 240 mil euros na prevenção e preparação da época de incêndios florestais, através da criação e limpeza de faixas de gestão e de bermas de estradas municipais.

Segundo explicou o município do distrito de Vila Real, em comunicado, a instalação de faixas de gestão de combustível na rede primária do concelho resultou da apresentação de duas candidaturas.

A primeira, no valor global de cerca de 110 mil euros, centrou-se nas freguesias de Vila Verde e Pópulo e os trabalhos incluíram o controlo da vegetação espontânea, redução de densidades, podas ou desramações, perfazendo uma área total intervencionada de 69 hectares.

O município explicou que esta candidatura teve também como “objetivo a atualização da informação cartográfica, indispensável à planificação de defesa da floresta contra incêndios (DFCI), na elaboração da cartografia de perigosidade e risco de incêndio florestal e outros instrumentos de ordenamento do território do Concelho de Alijó”.

Uma segunda candidatura, no valor de 53 mil euros permitirá a instalação de faixa de gestão de combustível na rede primária na serra da Senhora da Cunha, estando prevista a intervenção numa área total de 49,527 hectares, na freguesia de São Mamede de Ribatua e na União de Freguesias de Carlão e Amieiro.

“O objetivo destas intervenções é garantir a transitabilidade dos veículos de combate ao longo da sua extensão, diminuir a superfície percorrida por grandes incêndios, reduzir a passagem de incêndios e isolar potenciais focos de ignição de incêndios”, acrescentou a autarquia.

O município de Alijó investiu 76 mil euros na limpeza de bermas da rede viária municipal, numa área total de 75,86 hectares e referiu que, adicionalmente, procedeu também à manutenção em 60 quilómetros de estradas florestais.

Estes trabalhos arrancaram no fim do verão de 2019 e resultam de um investimento global de cerca de 240 mil euros.

Por causa da covid-19, o Governo prorrogou por um mês, até 31 de maio, o prazo para que os proprietários limpem os seus terrenos, no âmbito das medidas de prevenção de incêndios rurais.

O prazo já tinha sido prorrogado de 15 de março para 30 de abril.

O Decreto-Lei determina ainda que, até 30 de junho, os municípios garantem a realização de todos os trabalhos de gestão de combustível, devendo substituir-se aos proprietários e outros produtores florestais em incumprimento.



PARTILHAR:

Tribunal decide não levar a julgamento dois arguidos por queda de andor

Emigrantes partem com receios acrescidos e transportadoras reforçam cuidados