A Câmara da Régua apelou hoje à mobilização da população para uma manifestação no domingo contra o encerramento do serviço de urgência do Hospital D.Luíz I previsto pelo Ministério da Saúde.

O presidente da Câmara da Régua, Nuno Gonçalves (PSD), disse à Lusa que cabe agora à população protestar contra a decisão do ministro da Saúde, a qual, segundo afirma, «vai reforçar ainda mais as desigualdades de que padecem as populações locais».

Recordou que o executivo camarário da Régua e a população reivindicavam um Serviço de Urgência Básica para o hospital local e que sempre se apÎs às propostas apresentadas pelo Ministério da Saúde com vista ao encerramento da urgência naquela unidade hospitalar.

No dia 14, o ministro da Saúde ordenou o fecho definitivo do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do hospital da Régua, dando cobertura a um relatório da inspecção do seu ministério que justificou a decisão por o serviço «não ter condições mínimas» para funcionar.

Um relatório da Inspecção-Geral das Actividades de Saúde propÎs o encerramento da urgência do hospital de Peso da Régua na sequência de averiguações feitas à assistência prestada a um doente que veio a falecer em 24 de Julho.

A acção da IGAS comprovou que no Hospital D. Luís I não existe um serviço de urgência hospitalar, mas um serviço de atendimento permanente, cujo encerramento recomenda.

A mesma recomendação foi apresentada pela Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências.

No comunicado, a autarquia acusa o ministro Correia de Campos de ter adoptado uma «postura intransigente e totalmente avessa ao diálogo» neste processo e diz que a proposta que se pretende implementar «é uma solução que é claramente inferior e altamente penalizadora para os utentes deste serviço».

O ministro propÎs a criação de uma consulta aberta, em horário das 08:00 às 22:00, naquela Unidade Hospitalar para resposta aos casos agudos não programáveis e a instalação de um veículo SIV do INEM, com equipamento para suporte avançado de vida.

A tutela propÎs ainda consultas externas hospitalares para cinco especialidades, nomeadamente medicina interna, cirurgia geral, ortopedia, pediatria e ginecologia/obstetrícia e um aumento do internamento, com serviço de cuidados continuados integrados/serviço de AVC Via Verde.

A manifestação de domingo está marcada para as 18:00 com concentração junto ao parque de estacionamento da Avenida de Ovar e desfile até ao Hospital D.Luiz I.



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