Município de Vinhais, em sessão de esclarecimento sobre o contexto atual da vespa das galhas do castanheiro, avisa a população sobre potenciais burlões que tentam vender parasitóides não fidedignos como, de resto, já aconteceu em várias aldeias do concelho.

Decorreu a 11 de junho uma sessão de esclarecimento sobre a vespa das galhas do castanheiro no concelho de Vinhais. Presentes estiveram o presidente da Câmara Municipal de Vinhais, Luís Fernandes, o presidente da Associação Agro-Florestal e Ambiental da Terra Fria Transmontana – ARBOREA, Abel Pereira, o professor do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Albino Bento, e o representante da PRORURIS, Luís Pereira.

O edil vinhaense referiu que o papel da Câmara Municipal de Vinhais passa por prestar todo o apoio necessário para combater a vespa, continuando o trabalho de parceria com as três instituições presentes, IPB, ARBOREA e PRORURIS. Sendo uma sessão destinada a toda a população, o autarca alertou para possíveis burlões que tentam vender parasitóides, que não são fidedignos, como já aconteceu em várias aldeias do concelho, frisando que as largadas dos parasitóides são realizadas exclusivamente por estas três organizações.

“Já tivemos conhecimento de que nalgumas aldeias, sobretudo, na zona de Lomba, nas freguesias que são as mais afetadas, apareceram lá uns indivíduos a vender uns frasquinhos que deviam ser mosquitos ou qualquer outra coisa, mas que não eram realmente o inseticida próprio para combater a doença”, alertou Luís Fernandes, asseverando que, “infelizmente, já há pessoas a aproveitarem-se dessa situação”.

Quanto ao ponto de situação, o edil garante que a área infetada pela vespa tem vindo a aumentar, mas que a autarquia tem feito tudo ao seu alcance “para minimizar os estragos”. Facto é que a praga não está controlada, nas palavras de Luís Fernandes, até porque “só este ano é que se justificava que essas largadas fossem feitas”. O autarca que conjetura um cenário “preocupante”, avisa que haverá uma queda de produção que se agravará ao longo dos próximos três, quatro anos, não conseguindo ainda, no entanto, avalizar em termos de percentagem a quebra de produção, até porque, adianta o autarca, existem fatores como o clima, por exemplo, que impedem o facultar de dados mais concretos.

O edil vinhaense deixou, ainda, a garantia de que a Câmara Municipal “está e estará sempre disponível para ajudar, no que lhe for necessário para combater a vespa, tanto a nível local como na sensibilização junto do Governo”.

Já o presidente da ARBOREA faz uma retrospetiva daquilo que tem sido a presença da vespa das galhas do castanheiro no concelho de Vinhais, a partir do momento em que foi detetada, até ao presente. Abel Pereira esclarece, também, o porquê da escolha dos locais das primeiras largadas do parasitoide que combate esta praga, assim como o trabalho já realizado.

O professor do IPB dá uma visão mais técnica do combate à vespa das galhas do castanheiro, defendendo que este trabalho tem que ser realizado em conjunto e obedecendo a regras específicas. Albino Bento afiança, ainda, que as largadas são feitas num tempo próprio, em determinados locais e por profissionais habilitados para o efeito.

De sublinhar que, em Vinhais, durante o mês de maio foram realizadas 52 largadas nas freguesias com maior número de focos das vespas.

 



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