A artista plástica holandesa Leni Van Lopik expõe entre hoje e 31 de outubro, numa adega de Favaios, Alijó, 11 peças feitas a partir de materiais naturais, desde videiras a folhas ou pedras, recolhidas no Douro, foi anunciado.

“Cor do Douro” é o nome da exposição que leva Leni Van Lopik à Adega Quanta Terra, em Favaios, concelho de Alijó, distrito de Vila Real, uma antiga destilaria da Casa do Douro que foi recuperada e abriu, em março, com uma exposição da também artista plástica Joana Vasconcelos.

No total, de acordo com um comunicado divulgado hoje, são 11 as obras de arte que, durante oito meses, vão estar patentes nos espaços da adega, que foi vencedora global do prémio Best of Wine Tourism 2023 (categoria Arte e Cultura).

Todas as peças são, segundo foi explicado, produzidas “a partir de materiais naturais, como folhas de eucalipto, bugalhos e pedras, quase sempre recolhidos durante as caminhadas da artista holandesa pelos socalcos durienses, região onde reside há 23 anos”.

Nesta exposição, a artista apresenta, entre outras propostas, videiras na sala das barricas de vinho, de forma “a mostrar a junção perfeita entre o material e o vinho”.

A estes exemplos, que revelam uma “aproximação da mostra à cultura e aos tons da região”, junta-se ainda a instalação “Rio Douro”, elaborada através de cápsulas de garrafas de vinho.

Formada em Artes Plásticas, a artista conheceu o Douro em passeio, em 1982, e instalou-se na região em 2000, onde montou um ateliê.

Em Portugal já expôs no Museu do Douro, na Alfândega do Porto e em Guimarães.

“O processo de reabilitação e recuperação da Quanta Terra mostrou-nos um espaço demasiado valioso para ficar circunscrito a visitas e provas de vinhos. Entendemos, desde logo, que a arte teria aqui uma simbiose perfeita com o nosso negócio de produção de vinhos e que uma como o outro refletiriam aquilo que colocamos todos os dias no nosso trabalho: fazer vinhos únicos e diferenciadores, para serem apreciados e desfrutados”, afirmou, citado no comunicado, Celso Pereira, um dos fundadores da Quanta Terra.

Jorge Alves, outro responsável pela marca, disse que Leni Van Lopik é a “melhor sucessora” de Joana Vasconcelos.

“Uma holandesa completamente apaixonada por Portugal e pelo Douro, com uma obra que transparece essa inspiração que a nossa região lhe transmite. Estamos plenamente convencidos de que esta exposição será uma mais-valia enorme para o turismo na região”, acrescentou.

A antiga destilaria n.º 7 da Casa do Douro foi adquirida por Celso Pereira e Jorge Alves, no âmbito do projeto que os une, o Quanta Terra, e foi recuperada para abrir portas ao enoturismo e à cultura. Ali os enólogos criaram um espaço para provas e venda de vinhos e onde, ao mesmo tempo, estão a concretizar uma programação cultural regular.



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