O novo presidente da Câmara de Mogadouro, António Pimentel, prometeu hoje uma maior aposta na coesão social, pretendendo colocar as pessoas em primeiro lugar em detrimento do betão, bem como mais rigor e transparência.

“O resultado da pandemia e da consequente crise económica deixou mazelas. Eu e a minha equipa entendemos que tínhamos que estar ao lado das pessoas naquilo que é mais essencial, como os problemas da saúde ou na resolução dos problemas da habitação e da coesão social”, afirmou António Pimentel, que foi eleito pelo PSD, com maioria absoluta.

Na cerimónia desta manhã, todos os membros eleitos para a Câmara e Assembleia Municipal de Mogadouro, no distrito de Bragança, tomaram posse, incluindo o ex-presidente da autarquia, Francisco Guimarães, que nas eleições de 26 de setembro concorreu a um terceiro e último mandato pelo PS.

“Toda esta dinâmica está traduzida no nosso programa eleitoral, onde propomos um conjunto de políticas, nomeadamente na reabilitação de casas com dignidade, para que sejam habitadas pelas pessoas. [E também] apoios ao transporte de doentes do concelho que precisam de consultas ou tratamentos em hospitais de referência ou no Instituto Português de Oncologia, os quais terão o suporte integral por parte do município”, afirmou o novo presidente da Câmara de Mogadouro.

Outra das medidas de apoio social que prometeu passa pelo pagamento integral por parte do município de creches ou amas para libertar despesas aos agregados familiares mais carenciados.

“Trata-se de uma medida que vai libertar encargos às famílias com as crianças. Estes são exemplos que não tenho dúvidas que não deixaram nenhum mogadourense para trás nas áreas da saúde, educação, coesão social e habitação, que são os aspetos que mais preocupam as pessoas”, indicou o autarca.

Em matéria de terceira idade ficou prometido a criação de mais valências sociais em articulação com a Misericórdia local e outras Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).

“Vamos disponibilizar a totalidade [das verbas] da parte não cofinanciada dos projetos que estas entidades submetam ao novo quadro comunitário de apoio”, disse.

O novo autarca de Mogadouro deixou a garantia que o município “não será um agente passivo em termos de investimentos no concelho”, comprometendo-se a procurar investidores em “diversas áreas de negócio”.

“Procuraremos implementar projetos em setores emergentes como é o caso do turismo, mas também no setor agrícola e pecuário, como na construção de um matadouro no concelho”, frisou António Pimentel.

O social-democrata afirmou, igualmente, pretender apoiar a criação de postos de trabalho de forma desburocratizada, com o pagamento de cinco mil euros por cada emprego gerado e o pagamento durante quatros anos das taxas para a Segurança Social (SS).

“Existe um apoio de cinco mil euros de incentivos para a criação de novos postos de trabalho, embora muito burocratizado e que chega tarde e más horas aos empresários e não gera a dinâmica para o qual foi criado. Iremos procurar desburocratizar a entrega deste valor simbólico e adicionar o pagamento integral dos custos com a SS relativa aos novos postos de trabalho criados com contrato sem termo, dando um novo impulso às empresas e para que os empregados tenham garantias de futuro”, disse António Pimentel.

A criação de uma incubadora de empresas e de um gabinete de apoio ao empresário serão outras das medidas a serem tomadas em conta nos próximos quatro anos da sua governação na Câmara de Mogadouro.

“Um dos nossos grandes problemas é que estamos afastados dos grandes centros de decisão e nem sempre temos pessoas preparadas para estarem atentas aos novos programas de financiamento. Muito se fala na ‘buzuca’, mas os municípios deram provas até hoje de serem elementos da sociedade capazes de absorverem esses financiamentos comunitários”, indicou.

O autarca referiu ainda mostrar-se disposto a apoiar jovens empresários que querem dar início à sua atividade no concelho de Mogadouro.

O PSD venceu as eleições autárquicas em Mogadouro com maioria absoluta, com 48,74%, elegendo três mandatos, enquanto o PS obteve 34,35%, elegendo dois vereadores.

O PSD venceu estas autárquicas por mais 165 votos do que o PS.



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