O Alto Tâmega está a implementar o projeto “Turismo 4.0” para reforçar a capacitação dos operadores turísticos para o desenvolvimento de novos produtos e serviços neste território, onde o setor representou 50 milhões de euros em 2020.

Para apresentar o projeto ao setor privado, a Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega (CIMAT), o Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia da Água (AquaValor) e a Associação Empresarial do Corgo iniciaram, em Ribeira de Pena, um ‘road show’ (apresentação) que vai passar pelos restantes municípios do território: Boticas, Chaves, Montalegre, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar.

“O objetivo é apresentar o projeto ao setor privado, que mobiliza o turismo na região, e, por outro lado, capacitar o setor para que possa concretizar as grandes linhas que estão definidas no plano estratégico. A capacitação é o principal desafio da região, sempre foi e vai ser”, afirmou Ramiro Gonçalves, primeiro secretário executivo da CIMAT.

O “Turismo 4.0” representa um investimento de cerca de 300 mil euros, com um apoio do FEDER em 253 mil euros, e vai ser implementado ao longo dos próximos 11 meses.

Pretende-se reforçar a capacitação dos operadores turísticos e dos intervenientes diretos no setor no desenvolvimento e adaptação dos produtos turísticos regionais, serviços e processos, cumprindo a estratégia turística definida para a região.

Para o efeito, ainda durante o mês de maio terão início ‘workshops’ de capacitação dirigidos ao setor privado, quer da restauração, alojamento ou animação turística, que irão percorrer os seis municípios e darão destaques aos produtos turísticos mais importantes em cada um desses concelhos.

O setor, explicou a CIMAT, “apresenta-se, hoje, aos seus operadores com novas exigências, nomeadamente com a necessidade de disponibilização de oferta turística multidisciplinar que agregue, em paralelo, vários operadores turísticos (respondendo desta forma aos requisitos atuais dos turistas), bem como a necessidade de promoção, disponibilização e acompanhamento da oferta turística e do próprio turista na nova realidade digital e tecnológica”.

O Alto Tâmega, que agrega seis municípios do Norte do distrito de Vila Real, teve um aumento de turistas portugueses e espanhóis nos verões de 2020 e 2021, marcados pela pandemia de covid-19.

“O território apresenta números nunca antes alcançados de visitantes. As pessoas procuraram territórios menos massificados”, afirmou Ramiro Gonçalves.

Pelo Alto Tâmega espalham-se 400 a 500 empresas ligadas à restauração, hotelaria e animação turística. Há ainda cerca de 2.500 camas de alojamento turístico.

Segundo dados do INE, referentes a 2020, neste território havia 1.772 pessoas a trabalhar no setor, que, no seu conjunto, representou um volume de negócios na ordem dos 50 milhões de euros.

Em 2021, ano ainda marcado pela covid-19, o Alto Tâmega registou 174 mil dormidas.

Foto: António Pereira



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