Dos 35 finalistas nomeados para a edição de 2018 dos Prémios Municípios do Ano, Alfândega está nomeado na categoria “Norte com menos de 20 mil habitantes” e é o único do distrito de Bragança a concurso.

 

Já são conhecidos os municípios nomeados para a edição deste ano dos Prémios Municípios do Ano – Portugal 2018. Dos 35 finalistas, Alfândega da Fé está nomeado na categoria “Norte com menos de 20 mil habitantes”, sendo o único município do Distrito de Bragança a concurso.

 Esta iniciativa, que acontece desde 2014, visa reconhecer as boas práticas de projetos implementados pelos municípios com impacto no território, na economia e na sociedade, promovendo o crescimento, a inclusão e a sustentabilidade.

Outro dos objetivos prende-se com a pretensão de colocar na agenda a temática da territorialização do desenvolvimento, perspetivada a partir da ação das autarquias, procurando valorizar, simultaneamente, as mais diversas realidades que incluam não só certas localidades como, também, os territórios de baixa densidade em distintas regiões do país. 

Recorde-se que a autarquia alfandeguense foi galardoada em 2016 com a mesma distinção a que concorre no presente ano, graças ao projeto de cariz social “Sorriso Sénior”, desenvolvido em parceria com a Liga dos Amigos do Centro de Saúde de Alfândega da Fé.

Em 2018, o município decidiu rivalizar com os restantes proponentes através do “Festival Sete Sóis Sete Luas”, uma iniciativa de âmbito cultural que se realiza no concelho há nove anos consecutivos e que promove a multiplicidade de culturas do mundo por via da música, da gastronomia e das mais variadas expressões artísticas.

Nascido em 1993, o Festival Sete Sóis Sete Luas (SSSL), ao longo dos seus 26 anos de existência, deu origem a um vasto e incessante intercâmbio cultural entre Itália e Portugal. Reconhecido o valor intrínseco de um evento que tem disseminado cultura por todos aqueles que nele têm o privilégio de participar, muitos têm sido os países que desde o ano da sua fundação têm aderido a esta iniciativa. Grécia, Espanha, Cabo Verde, França, Marrocos, Israel, Croácia, Brasil e Roménia são, apenas, alguns dos países que, em uníssono, têm semeado cultura, através de um festival conhecido ostensivamente por preferir exaltar como palcos as localidades periféricas, ao invés dos grandes centros urbanos.

De sublinhar, ainda, que a cerimónia de entrega dos Prémios Municípios do Ano – Portugal 2018, já na sua quinta edição, realizar-se-á no próximo dia 16 de novembro, às 17 horas, no Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães. A organização, da responsabilidade da Universidade do Minho e do Município de Guimarães, contou com 56 candidaturas, estando a concurso projetos de 35 municípios nomeados para nove categorias e para o grande prémio final.

Para terminar, resta dizer que os finalistas nomeados em 2018 para a 5ª edição do prémio, nas nove categorias (áreas geográficas) a concurso são Avis, Coruche, Santarém e Sines (Alentejo), Albufeira, Alcoutim e Loulé (Algarve), Cascais, Lisboa, Mafra e Sesimbra (Área Metropolitana de Lisboa), Arouca, Espinho, Gondomar e Vila Nova de Gaia (Área Metropolitana do Porto), Águeda, Mealhada, Oliveira do Hospital e Seia (Centro), Figueira de Castelo Rodrigo, Idanha-a-Nova, Lousã e Sátão (Centro com menos de 20 mil habitantes), Braga, Ponte de Lima, Viana do Castelo e Vila Real (Norte), Alfândega da Fé, Armamar, Montalegre e Valpaços (Norte com menos de 20 mil habitantes), Horta, Madalena do Pico, Ribeira Grande e Vila Praia da Vitória (Regiões Autónomas).

 

UM POUCO DE HISTÓRIA

 

José Saramago, presidente honorário do Festival durante 18 anos, muniu o Sete Sóis Sete Luas com os instrumentos filosóficos e práticos, de modo a preparar o princípio de uma “fantástica viagem” pelo mediterrâneo e pelo mundo lusófono. O Festival, esse inspira-se nos valores omnipresentes na sua obra “Memorial do Convento”, cujas personagens, sonhadores de alma visionária, vivem numa europa medieval, oprimidos por uma intolerante e tenebrosa Inquisição. Baltazar Sete Sóis e Blimunda Sete Luas, acompanhados pelo padre Bartolomeu de Gusmão, criam a “passarola”, uma máquina voadora que é o símbolo do Festival pelo seu poder evocativo e simbólico, representando a metáfora do sonho e da liberdade utópica.

Em suma, o Festival SSSL “serve-se da capacidade da arte, da música e da literatura de ver para além da realidade do nosso tempo”. Neste contexto, espetáculos, concertos e exposições retratam tão somente “momentos de visibilidade deste singular projeto cultural”, não representando um fim em si mesmos, mas antes “instrumentos” ou meios para atingir um determinado fim.

 


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