Os militares da GNR de Valpaços que precisem recorrer aos serviços do pároco local nos próximos tempos poderão ter em mãos um grave problema. Pelo menos, se o padre Manuel Alves cumprir a ameaça que terá feito. Desde o púlpito e perante dezenas de fiéis.

Irritado por recentemente ter sido multado, o sacerdote terá aproveitado, há duas semanas, a missa para anunciar o «corte de relações» com as autoridades e comunicar que, a partir de agora, os elementos da GNR e seus familiares, não poderiam contar com ele nem mesmo para funerais.

No posto da Guarda, a situação é motivo de chacota. \"Depois de mortos tanto nos faz, que nos embalsamem e que nos ponham aqui no quartel\", comentou, ao JN, um militar, em tom de brincadeira e sob anonimato.

Sobre o assunto, do padre Manuel Alves, o JN conseguiu apenas ouvir insultos e ameças. O sacerdota recusou prestar declarações, chegando, mesmo, a proibir o JN de abordar a questão, esquecendo-se, no entanto, que o conflito foi criado por ele e em público.

Insistir no local proibido

Ao que o JN conseguiu apurar, esta não terá sido a primeira vez que o padre foi multado. E o local será sempre o mesmo. Um pequeno largo junto à igreja de Valpaços e onde foi proibido o trânsito e o estacionamento, depois do espaço ter sido requalificado pela Câmara.

No local, são apenas autorizadas cargas e descargas. Aliás, Manuel Alves terá sido um fervoroso adepto da proibição do estacionamento no local.

\"Ele é um cidadão como outro qualquer. E não tem nada que ir para a missa pÎr a população contra a GNR\", comentou, a propósito, uma valpacense, que preferiu não ser identificada. \"Sabe como é, a gente está sempre a precisar\", justificou, confirmando a fama de mau feitio que o sacerdote tem em Valpaços.

\"Por que é que ele não pede à Câmara uma placa para poder lá estacionar? Enquanto não a tiver nós só fazemos a nossa obrigação. Cumprimos o que diz o código da estrada\", concluiu outro militar, também, sob anonimato.



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