Foi anunciada a estratégia do Governo para o ensino face à Pandemia do Covid-19, matéria que – como deveria acontecer com tantas outras de interesse nacional – tem que ultrapassar questões político-partidárias e, diga-se em abono da verdade, que assim tem acontecido.
Opinião
Cumo buona parte de ls Stramuntanos, naci filho de campesinos i medrei nua aldé. Tube apuis que fazer-me al mundo, porque aquel, nun chegaba para todos: Bergáncia, Porto, Lisboua, Paris… i a la fin de 18 anhos, cunsegui bulber.
Jamais pude imaginar que a minha primeira contribuição para o Diário de Trás-os-Montes fosse feita nestes tempos peculiares que vivemos.
Crónica 331 uma Páscoa diferente e as páscoas da minha memória
Há algum tempo que não recorro a este meio para exprimir a minha opinião, mas hoje decidi fazê-lo por uma questão que, há muito tempo, me preocupa, sobretudo desde o despoletar deste surto que nos assola a todos – a crescente disseminação de desinformação online.
Da reunião do PR com os Banqueiros não saiu nada de concreto “os bancos estão atentos e o governo já está a falar com eles”, era necessário muito mais.
A humanidade pensava, até há pouco tempo, que os males do planeta se iriam ultrapassar com simples cimeiras sobre o clima, sobre a poluição e sobre os males que atingiam o próprio homem.
Crise ye un baque. Defenhir l sou cunceito ye cumplicado, porque las hai de muita maneira.
Naquele tempo, metade da humanidade tinha para si que já havia atingindo o pico e vislumbrava o cume em cada esquina. Com a sua inteligência conseguia coisas de espantar, todos os dias surgiam assombros e facilidades, num quotidiano quase sem barreiras físicas e morais.
Olhando para trás verifico que, com o gesto de gratidão para com os meus companheiros de guerra que tombaram ao serviço da Pátria, perdi muito tempo, gastei muito daquilo que não dei aos filhos.
O que se está a fazer neste país é brincar às emergências.
Era uma vez um menino que sabia. Sabia que tinha de ficar em casa, que não podia ir para a escola nem para a rua brincar, sem saber bem porque, mas sabia que assim tinha de ser. E ficava.
Desde algum tempo que tento perceber, se é uma síndrome dos Decisores Públicos (não todos) ou se é uma limitação de visão periférica, o de alguns indivíduos não conseguirem descentrar-se da “moda” e terem na agenda vários assuntos, não urgentes, mas importantes.
Sem armas, sem balas, sem bombas, sem exército, eis que os assassinos do século XXI não precisam de se mostrar para ganhar as batalhas contra os inimigos que só eles escolhem. Esta é a luta que se trava hoje em todo o mundo.
Sento-me em frente ao computador a pensar nos últimos dias, sendo que nos últimos dias não consegui pensar senão nos dias que se seguem.
Revela-nos a História sem que seja necessário ser muito antiga, que é nos momentos de tragédia que se distinguem e são inequivocamente necessários os grandes líderes, os inquestionáveis condutores de multidões que caso sempre acéfalas nas horas de muitas aflições.
Temos cada vez maior dificuldade em lidar com a velhice. Com a nossa e com a dos outros. Na minha infância não era assim.
Não julguem vossas senhorias que falo de coisas de há uns anos por aí além, nisto que vos vou passar a contar. Nada disso. Se medirmos bem com a ajuda daquilo que a memória permite, podemos dizer que os dedos das mãos e dos pés juntos quase dão para contar cada ano.
Este vírus, para os que vierem a sobreviver, quase a totalidade dos homens e mulheres, esperamos, vai mudar o Mundo.
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