A UTAD celebrou hoje o seu 35º aniversário. Cada degrau, desde a sua génese como Politécnico (e já lá vai meio século), foi subido com ousadia e muita revolta, num tempo em que Portugal era Lisboa e o resto…paisagem.
Crónicas de ...
O Presidente do Governo da Galiza, perante a situação aflitiva de Portugal, quando registava o maior índice de contágios e de mortos por Covid no mundo, e com os hospitais portugueses em absoluto desespero, teve o gesto generoso de oferecer ao governo português o Hospital Álvaro Cunqueiro, de Vigo, para receber e tratar os nossos doentes. Assinale-se que o Hospital Álvaro Cunqueiro é um dos hospitais públicos mais bem apetrechados da Europa.
Confesso que nunca tinha ouvido falar de Rans antes de Vitorino Silva, há duas décadas atrás, emergir na ribalta mediática. Graças à sua avidez de notoriedade, somada a um irreprimível anseio de fazer acontecer, aquele tantesquinho de Portugal alcançou o que muitas vilas e vilinhas sonham conseguir, e não conseguem: um lugar sinalizado e prestigiado no mapa. A Tino de Rans é devido esse triunfo.
“Um fraco Rei faz fraca a forte gente”, escreveu Camões (Lusíadas, canto III).
António Costa, e parece que só ele, é que ainda não percebeu o estado pavoroso e dantesco a que o país chegou, com a nossa pobre gente a morrer, ingloriamente, às centenas. Idosos sem tempo, sequer, de uma despedida.
Tal como a formiga se prepara no verão para suportar o inverno, há que inverter esta ordem quando se trata do flagelo dos incêndios florestais, que, invariavelmente, nos vêm infernizar o verão.
É conhecido em Trás-os-Montes um velho conto popular que alegoriza um pacto estratégico entre a “miséria” e a “morte”.
A morte é sempre uma perda. Mas perda maior quando se esgota no vazio que deixa. Não é o caso. O grande pensador e filósofo, hoje desaparecido, deixa um legado eterno para uma pátria inteira. Um legado de cultura, saber e humanidade, capaz de nos fazer pensar sobre o que realmente somos como povo e como pátria, desafiando a uma reflexão necessária sobre a incontornável fragilidade da condição que escondemos: a de uma nação de pobres com mentalidade de ricos.
Em nome de uma tradição ritualística de “purificação”, que perdura há séculos, estima-se que haja, em Portugal, cerca de 6.500 mulheres sujeitas ao processo de mutilação genital enquanto meninas. Mesmo sendo uma prática punida com prisão, alguns micro-universos culturais mantêm-na, assumindo os valores da tradição como superiores aos que a lei consagra. E apesar das repetidas denúncias pelas organizações de direitos humanos, só agora surgiu o primeiro caso em julgamento nos tribunais.
Ainda que no interior se cumpram as regras estabelecidas (o que em muitos casos não acontece, quando os alunos, embora de máscara, estão sentados na mesma mesa e se acotovelam…), assiste-se, à porta das escolas, a uma balbúrdia completa.
O poder (dizem os filósofos) é a capacidade dos “mais fortes” exercerem domínio sobre os “mais fracos”.