Quando se acredita...

Pois é verdade! Quando o homem quer e acredita, a obra nasce. E não é difícil. Basta realmente saber o que se quer e lutar por isso.
É o que tem acontecido com Paulo Portas e nas coisas em que acredita. Contra tudo e quase todos, tem conseguido afirmar-se por entre os princípios que tem defendido, levando mesmo os outros, mais reticentes, a comungarem das suas ideias.
As lutas, todos o sabemos, têm sido titânicas, dignas de verdadeiros gladiadores. Para Paulo Portas, essas lutas baseiam-se em princípios fundamentais e em objectivos em que aposta. Ultimamente, essas lutas têm como objectivo derrotar a predominância do PS e o próprio governo de António Guterres.
Como ele próprio sabe, não basta o score eleitoral do CDS/PP para ganhar essa luta e por isso mesmo, tem buscado a aliança natural dentro do espectro político nacional. Embora essa aliança seja tida como absolutamente necessária pelo PSD, não se têm ainda delineado as premissas correctas para a tornar possível.
No entanto, o candidato à Câmara Municipal de Lisboa, tem ideias fixas neste aspecto e será muito difícil convencê-lo a desistir a favor de Santana Lopes e a aliar-se com ele para o PSD ganhar este município. Na verdade, também não vejo porque o há-de fazer, já que Paulo Portas foi o primeiro a dar a cara nesta luta e se o interesse é ganhar a Câmara ao PS, então assim também a ganham possivelmente. Porque é que tem que ser o Santana Lopes à frente? Talvez seja esta resposta a causa principal de ainda não estar feita a coligação!
João Soares é que no meio desta disputa e perante a teimosia de Paulo Portas, por um lado, e a teimosia de Durão Barroso por outro, resolveu desistir do malfadado elevador de S. Jorge. Foi a primeira vitória de Paulo Portas nesta corrida eleitoral.
É assim, aos poucos, que se ganham as grandes batalhas e Paulo Portas sabe disso. Como acredita em objectivos e luta pela concretização deles, não desistirá de lutar pela Câmara de Lisboa. Irá até ao fim, mesmo sabendo que é difícil ganhar sozinho. Se outros acreditam no mesmo, que se unam a ele!
Olhando para o país, de Norte a Sul, vemos uma miséria completa, resultado de uma governação péssima. Nada se tem feito além de tentar equilibrar a inflação e manter valores de convergência determinados pela Comunidade Europeia, sob pena de sofrermos as consequências. Mas mesmo isto se tem mostrado difícil de manter. É facto que a inflação está para além dos valores prometidos, donde resulta uma necessidade de ajustamento de preços e impostos para que ela não dispare. Deste modo vêmo-nos confrontados com uma subida geral dos preços e impostos o que torna a vida dos portugueses cada vez mais apertada. O próprio Primeiro Ministro já confessou que errou na política desta legislatura. Teve de fazer remodelações governamentais onde não esperava. Entretanto, os portugueses pagam a factura!
Sabendo das necessidade de mudança urgente, Paulo Portas tem sugerido ao PSD uma absoluta e imperiosa coligação. As eleições autárquicas podem ser e deverão ser a rampa de lançamento de um entendimento maior. Neste momento, o PS e o PSD estão empatados em número de câmaras ganhas a nível nacional. É claro que isto varia de distrito para distrito. Por exemplo no distrito de Bragança, o PS tem sete câmaras contra cinco do PSD. Se neste distrito quer ganhar mais câmaras ao PS tem de lutar muito e coligar-se com o CDS/PP, caso contrário, será quase impossível. É minha opinião que se não houver coligação agora, o PS não perderá a hegemonia que tem no distrito e penso igualmente que ou é agora que o PS perde a sua influência a nível nacional, ou temos de o suportar durante mais sete anos.
Assim, tal como Paulo Portas acredita nas coisas por que luta, também o PSD deve acreditar e se o objectivo dos dois partidos é o mesmo, então não vejo o porquê do atraso deste entendimento! Ou será que o interesse do PSD não é derrotar o PS?
Seja como for, neste entretanto Paulo Portas vai andando sozinho e acumulando vitórias. Durão Barroso, ainda sem vitórias neste campo, tem-se limitado a apoiar o CDS/PP quer no Parlamento, quer na política caseira, tal como o caso do elevador de S. Jorge. Afinal, está a lutar pelos seus interesses e pelos dos lisboetas que quer representar. Quem não acredita...