2011 abraça-nos com muitas dúvidas nos nossos rostos. O novo ano, talvez mais do que nunca, foi recebido com muitas reticências, receios e sombras. Eu espero sinceramente que este ano nos faça superar a nós próprios e nos incentive a avançar e, por consequência, fazer avançar este nosso Portugal que hoje, mais uma vez, se enche de orgulho por ver um filho da Nação (José Mourinho) receber um prémio da FIFA, desta vez de melhor treinador do munso. Era já um óptimo indício se, com os primeiros tempos do ano, conseguíssemos ter orgulho em nós próprios e ter primor no que fazemos. Um passo fundamental para que terceiros depois reconheçam o que valemos.
Janeiro brinda-nos com uma eleição presidencial. Com um resultado que acredito que reconduzirá o Professor Cavaco Silva na presidência do nosso País, as eleições pouco mobilizam a população portuguesa. A pouca simpatia face à política não se traduz apenas na forte abstenção que se tem feito sentir nos últimos actos eleitorais, mas também na indiferença e até desdém com que olhamos para as campanhas que supostamente nos devem esclarecer sobre o que queremos para o nosso Portugal. A verdade é que se não aplaudo a falta de cidadania que tantas vezes toma conta de nós por aborrecimento com o actual estado da política, por preferirmos utilizar o nosso tempo para outras acções ou simplesmente porque achamos que não vale a pena, as campanhas cada vez menos ajudam à dignificação dessa actividade que, ainda creio, ser nobre e necessária. A campanha destas presidenciais tem sido disso exemplo e entre promessas que seriam passíveis de uma campanha para o governo (mas não para a Presidência) e ataques mais ou menos indirectos, pouco ou nada se fala de verdadeiros desafios que com grande probabilidade se apresentarão no mandato do próximo Presidente da República. Como por exemplo uma crise governativa ou o recurso ao fundo monetário europeu.
Porque ainda não tive oportunidade de o fazer, aproveito para felicitar publicamente os responsáveis pela iluminação de Natal da cidade de Bragança. Estamos em crise e é necessário fazer cortes e ajustamentos, mas deu gosto passear pela capital de distrito tão bonita e bem iluminada.
A todos um 2011 muito próspero, com pouca crise e repleto de sorrisos.