Num regime democrático, nada mais natural do que a discussão de ideias e votação em listas para escolha de líderes. Diria até que não é só natural, mas de salutar.
Passado uma semana do XXI Congresso do CDS, importa deixar algumas ideias do que aconteceu, por quem lá esteve e participou na primeira pessoa. Do Congresso saiu um líder com mandato renovado e reforçado. Tenho muita dificuldade em perceber quando se coloca em questão a expressividade de uma votação de cinquenta e sete por cento (mais que maioria absoluta) na Moção do Dr. Ribeiro e Castro, estando mais duas moções presentes a sufrágio.
De um Congresso que quem não estava lá tentou interpretar como conflito geracional, saiu uma Comissão Política Nacional que reúne de forma feliz a geração de fundadores do partido com uma significativa quantidade de jovens. Numa altura em que tanto se discutem as quotas, de um Congresso que quem não estava lá acusou de não se discutirem temas nacionais, saíram órgãos nacionais que são a prova efectiva que no CDS-PP não se precisa de quotas para a voz das mulheres ser tão respeita como a dos homens. O Congresso Extraordinário, porventura até para quem não esteve lá, traduziu-se numa clarificação, sem dúvida necessária, de que ninguém está contra o debate de opiniões desde que seja feito de forma digna e no local correcto. Saiu também uma mensagem clara: o objectivo do CDS é um Portugal forte, coeso e sem desigualdades, contrário ao estilo governativo que agora se tem vindo a verificar.
Arrumada a casa, é tempo de continuar o trabalho, não só dentro, mas sobretudo fora dela.
Quem se desloque ao site do CDS, encontrará certamente uma agenda preenchida de temas abrangentes e deslocações ao local, porque a política feita apenas em gabinetes não dá bom resultado, sendo que a prova disso mesmo é a situação actual de Portugal.
É este CDS que veremos em acção e que teremos oportunidade de avaliar nas urnas em 2009 e aí, a decisão será simples: apostar na credibilidade ou em mais do mesmo. Nem mais, nem menos.