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No rescaldo do voto

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Luis Ferreira

No rescaldo do voto

Acabaram as eleições autárquicas, fizeram-se contas, elogiaram-se os vencedores, agraciaram-se os perdedores, sobreveio o Natal para juntar as famílias e afogaram-se as mágoas nas taças de champanhe do Fim do Ano. Até que enfim!
Finalmente chegava ao fim um ano ainda pior que o último, aquele que todos pedimos para não se voltar a repetir!! O 2001 veio pior! E o 2002 não começou muito melhor!
É verdade! A guerra no Afeganistão continuou; o Bin Laden ainda não foi apanhado; teme-se mais uma onda de atentados por todo o mundo; já caíram mais quatro aviões onde morreram mais de duzentas pessoas e estamos prestes a ver uma nova guerra entre o Paquistão e a Índia.
Por outro lado, eleitos os novos autarcas, todos pensámos que se tinham acabado os actos eleitorais por mais algum tempo, mas não. Logo veio o Primeiro Ministro a dizer que lhe tinham mostrado um cartão amarelo e que assim não governava. Demitiu-se de Primeiro Ministro e de Secretário Geral do PS. Vamos a eleições novamente em Março.
Entretanto, os partidos políticos movimentam-se para que os scores eleitorais sejam definitivamente outros, substancialmente diferentes dos do último acto eleitoral. Surgem os Conselhos Nacionais e os Congressos dos partidos, para estudar a melhor táctica e apresentar as melhores propostas e os melhores líderes a sufrágio.
De facto, as últimas eleições autárquicas foram uma decepção para o Partido Socialista que acabou por pagar localmente, os erros cometidos a nível nacional. É uma forma de o povo dizer que não gostou, muito embora tenha que haver o discernimento próprio e sábio para distinguir o que é nacional do que é local. O que é certo é que nestas coisas acabam por pagar os justos pelos pecadores! Foi possivelmente o que aconteceu à CDU que, igualmente perdeu muitas das câmaras que tinha para o PS, sendo um dos perdedores destas eleições.
Deste modo o PSD acabou por arrecadar alguns votos que não lhes pertenciam, obviamente, acabando por passar de derrotado, agora a vencedor. É a lei da política democrática: nem sempre derrotados, nem sempre vencedores. Os vencedores de hoje serão os derrotados de amanhã e vice-versa. É a alternativa democrática que todos desejamos como saudável.
O Partido Popular, um dos vencedores destas eleições, quer localmente quer a nível nacional, muito embora tenha perdido três câmaras, o certo é que passou de oito para dezassete câmaras contando com as que foram ganhas em coligação com o PSD e com o PPM. A nível local, o CDS/PP conseguiu conquistar uma Junta de Freguesia o que lhe permite falar de vitória nesta contenda, já que manteve tudo o que tinha antes.
Apesar de todas as contas que se possam fazer e de todas as esperanças que se possam ter quanto a expectativas nas próximas eleições legislativas, há que ponderar os ânimos e refrear as expectativas, pois as leituras que se têm feito podem sair erradas. Na verdade e apesar de sair derrotado nestas eleições autárquicas e de o povo português ter mostrado um cartão amarelo ao governo do PS, nada indica claramente que o PS vá perder automaticamente as próximas eleições. Nada disso. Até porque em termos de votos, esses mantiveram-se a nível nacional. Por aqui nada leva a crer que o PS perca a próxima contenda. Além disso, o governo tem muitos trunfos na manga que podem levar a que o povo tome outras atitudes na devida altura. Para já, a gasolina desceu 11$00 em litro, as pensões foram aumentadas, os funcionários públicos também muito embora tenha ficado no ar uma discussão adiada. Resta uma mão cheia de promessas por cumprir que podem surgir de um momento para o outro.
Mas o que pode pesar mais um pouco é a figura do líder político que os partidos apresentem a sufrágio. O PS irá apresentar, segundo parece, Ferro Rodrigues que, não tem uma figura agradável, logo um perfil desagradável.
Mas o mesmo se passa com o líder do PSD que, embora seja um pouco mais apresentável, tem um handicape grande em termos de discernimento político, além de que não consegue impor-se ao próprio eleitorado do partido.
Assim, temos de avaliar e escolher o melhor de entre o que se nos apresentar no próximo dia 17 de Março, o que é verdadeiramente difícil. Mas como alguém tem de ganhar, temos de partir das hipóteses mais credíveis que temos em termos de líderes. Quanto ao partido ganhador já é mais difícil de escrutinar. Após a leitura que nos permite fazer o último acto eleitoral, podemos ser levados a acreditar que o PSD ganhará as legislativas, mas como o PS não perdeu votos nas autárquicas, pode recuperar muito bem neste tempo que lhe resta de governo. Tudo está em aberto neste campo, até porque há ainda que contar com algumas possíveis coligações nacionais que podem inverter todo o sentido do resultado final.
Seja como for, neste momento o fiel da balança pende para o PSD sem maioria alguma, o que lhe acarreta responsabilidades acrescidas nas decisões que tiver de tomar antes das eleições. Sendo assim, se não houver coligação com o PP antes das eleições, terão de haver acordos pontuais após a formação do governo, quer a nível de Assembleia, quer de Governo, o que pode tornar quase inviável a governação e arrastar-nos para outro acto eleitoral.
A nós resta-nos esperar e acreditar que o povo saberá escolher o melhor e que os líderes partidários saibam entender-se para bem da democracia e de Portugal.

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