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Mal-me-quer, bem-me-quer

Retrato de luis
Luis Ferreira

Mal-me-quer, bem-me-quer

Chegou a hora. Mesmo sem saber bem o que se quer, há que escolher. Mas afinalescolher o quê? Escolher quem? Quando não se sabe bem o que se quer, o melhor
é usar o método antigo e pegar num malmequer e começar a arrancar as pétalas, à procura de chegar ao fim com um bem-me-quer! Que tal?
É sempre difícil escolher, especialmente quando não sabemos quem é o melhor.
Claro que estou a falar dos possíveis candidatos às eleições autárquicas.
Faltam poucos dias para a entrega definitiva das listas e quem as fez, estão feitas, quem as não fez, sujeita-se de igual modo ao sufrágio com os trunfos que tem.
A correria é estafante! É um corre-corre constante pelas aldeias à procura de quem quer pertencer às listas, por este ou aquele partido. Todos prometem alguma coisa, chegando mesmo a nada prometer para não faltar.
Num país onde escasseia a população e onde há aldeias quase desertas e sem jovens, é difícil aplicar a democracia na sua totalidade. Existem aldeias
onde após fazer uma lista para a freguesia, não restam pessoas suficientes para fazer mais uma lista. É quase inacreditável! O sistema usado, apesar de democrático, em nada favorece a democracia. E isto só acontece porque os partidos são egoístas e só pensam no seu próprio favorecimento. Na verdade é o que acontece nas aldeias desertas deste nordeste. Se todos os partidos que concorrem quiserem fazer listas, não o podem fazer pois não há 50 pessoas disponíveis e com idade capaz de aguentar uma simples junta de freguesia.
Então onde está a democracia? Não seria melhor juntarem-se todos os partidos e numa demonstração de verdadeira democracia, formarem uma lista forte que
soubesse zelar pelos interesses de todos os fregueses!
Claro que no que se refere aos candidatos às Câmaras Municipais as coisas são um pouco diferentes. Temos um concelho inteiro a apoiar quatro ou cinco
candidatos e o difícil é saber em qual votar. Estou a referir-me, obviamente, às pessoas conscienciosas, aquelas que não votam sempre no mesmo partido e
escolhem os candidatos que mais lhes agradam ou que lhes merecem mais confiança. Esses, que nada devem aos partidos, escolhem livremente e em consciência e o pior que podem fazer é, quando a escolha é difícil, recorrer ao malmequer- bem mequer e pode ser que acertem.
O Distrito de Bragança é suficientemente grande para não se conhecer na sua totalidade e se cometerem erros graves à custa de promessas falaciosas com o objectivo de ganhar. É esse o grande objectivo. Ganhar e oferecer ao partido a vitória. E o que ganham os munícipes? Nada! As aldeias, como estão desertas, aí não se fazem obras porque é perder tempo e dinheiro. E assim continuamos a ter aldeias quase no tempo da pré-história, onde não há saneamento, não há acessibilidades razoáveis, não há transportes públicos, enfim! Então aposta-se onde os votos são contabilizados e onde as obras rendem efectivamente votos, ou seja, nas vilas e cidades. E aqui todos prometem. O
mais interessante é que as pessoas das aldeias, sabendo que nada ganham com a eleição de alguns candidatos, senão de todos, continuam a votar, se calhar
na esperança fútil de verem realizados alguns dos seus sonhos de infância!
É um desespero completo. No final, as promessas não passam de promessas e as pessoas continuam à espera.
Seja como for, alguém tem de ser eleito e as vitórias contabilizadas para algum partido. É esta a função da democracia. Então em quem votar? Todos os
partidos apresentam o seu candidato e querem que ele ganhe, mas só pode ganhar um.
Chega pois a hora de, mais uma vez o povo escolher o seu candidato. Mas será que é o candidato do povo, aquele que vai ganhar? Na verdade, o povo não
apresenta nenhum candidato, mas terá de escolher um de entre os que os partidos apresentarem. Será esta a democracia adequada ao sistema? Ou, será
este o sistema mais adequado a uma certa democracia? Continuo a pensar que é difícil decidir, tendo como painel, o actual panorama.
Assim, não há, pois alternativa que nos valha. Quem não souber em quem votar, pois que recorra ao velho método do malmequer e pode ser que até escolham o do
seu próprio partido, por simples acaso. A democracia tem destas coisas!

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