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A força de um povo

Retrato de luis
Luis Ferreira

A força de um povo

Espalhados pelos quatro cantos do globo, os portugueses marcam a sua presença e integram-se onde quer que estejam e sabem adaptar-se perfeitamente de tal modo que são respeitados por toda a parte.
 
Levámos connosco desde tempos imemoriais esse hábito de conhecer tudo e ensinar o que sabíamos aos que de nós nada sabiam. Marcámos território.
 
Assim, espalhados por este globo imenso, conseguimos impor-nos aos poucos, e levar os outros a considerar-nos como um povo com características muito próprias eivados de uma força imensa que só se consegue quando funciona em uníssono. E quando assim foi, vencemos sempre.
 
Foi esta força enorme, a força de um só povo, que conseguiu vencer este Europeu. Foi essa força enorme que derrotou os franceses, ciosos das suas capacidades, mas sem a força necessária para suplantar a força do povo português.
 
Os franceses criticaram a seleção portuguesa e disseram que Portugal nada tinha demonstrado como equipa e que estava ao alcance da França. Disseram mesmo que éramos porcos a jogar. Que jogávamos mal. Afinal o que dirão agora os franceses que desse modo criticaram Portugal?
 
Pelo que vimos, eles levavam a lição bem estudada. Era preciso acabar com Ronaldo, fosse como fosse. Aos vinte e cinco minutos acabaram com ele. Devem ter respirado de alívio. Mas uma seleção não é só um homem. É um povo, uma vontade, uma esperança, uma força imensa. Não havia Ronaldo, mas havia química secreta que é desconhecida dos franceses e de todos os outros povos. Uma química chamada Pátria, chamada ambição. Laços de união fortíssimos entre todos os que em campo batalharam para representar mais de onze milhões de portugueses espalhados pelo mundo desde o Minho a Timor, passando pelo Brasil e mesmo pela Austrália. Isto, a França não pode exprimir porque não tem.
 
Quase todos pretenderam denegrir a nossa seleção, todos a criticaram. É verdade que não começámos da melhor forma, mas como diz o povo, não se louva quem bem começa, mas quem bem acaba. Acabámos muito bem. Ganhámos o título que nos fugia há muitos anos. Vingámos a Grécia e vingámos a França. Diria mesmo que vingámos também a Alemanha, embora não se trate propriamente de vinganças. São formas de expressar o sentimento que nos vai cá dentro. Um sentimento que os emigrantes portugueses em França bem conhecem, porque vivem e convivem no meio dos franceses todos os dias e são por eles amesquinhados muitas vezes. Mas como noblesse oblige, há que aguentar e calar. Chegou o momento de falar, de gritar bem alto o nome de Portugal e enaltecer o valor de um povo, o povo português.
 
Parabéns aos valorosos guerreiros que, apesar de ficarem sem o seu capitão dentro das quatro linhas, manteve-se atento e sofredor fora delas, ocupando espaços que não podia para incentivar os colegas e dar-lhes a receita da força que o povo português tem e que ele bem conhece: a força da união.
 
Sofremos todos, como sempre sofremos. Eles ensinaram-nos a sofrer, mas também a ter esperança. Sofremos muito, mas o final valeu a pena. Como diziam os emigrantes portugueses, “temos de comer os galos” e cumprimos. Comemos na mesa deles e em casa deles.
 
Agora os que criticaram a seleção portuguesa, desde os espanhóis aos alemães, passando pelos franceses têm de se reverenciar e olhar para dentro de si próprios e fazerem o seu acto de contrição, se forem capazes disso. O seleccionador tinha razão quando dizia que só viria dia onze e que seria recebido em festa. Claro. Mesmo que perdesse, merecia essa festa na sua receção. Fez de tudo para garantir a manutenção e a vitória. Conseguiu. Pragmático e racional quanto baste, soube equilibrar o barco para que nunca se afundasse e chegasse a porto seguro. Teve mérito. Foi um ótimo timoneiro. Fez de Portugal Campeão Europeu pela primeira vez na História e isso ninguém lhe pode tirar.
 
Agora podemos dizer todos juntos e a uma só voz “somos campeões europeus”. Em evidência esteve a força de um povo com uma alma maior que o próprio mundo.
 
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