Passar para o conteúdo principal
Diário de Trás-os-Montes
Montes de Notícias
  • Início
  • Bragança
    • Alfândega da Fé
    • Bragança
    • Carrazeda de Ansiães
    • Freixo de Espada à Cinta
    • Macedo de Cavaleiros
    • Miranda do Douro
    • Mirandela
    • Mogadouro
    • Torre de Moncorvo
    • Vila Flor
    • Vimioso
    • Vinhais
  • Vila Real
    • Alijó
    • Boticas
    • Chaves
    • Mesão Frio
    • Mondim de Basto
    • Montalegre
    • Murça
    • Ribeira de Pena
    • Sabrosa
    • St.ª Marta Penaguião
    • Peso da Régua
    • Valpaços
    • Vila Pouca de Aguiar
    • Vila Real
  • Reportagens
  • Entrevistas
  • Fotogalerias
  • Vídeos
  • Opinião
  1. Início

Filosofando com Sócrates

Retrato de luis
Luis Ferreira

Filosofando com Sócrates

Sócrates foi um dos grandes filósofos da Antiguidade Clássica e um dos que mais marcou o pensamento humano na Antiga Grécia, no século IV a. C.. A
partir dele, o pensamento humano sobre o homem e sobre o mundo ficou repartido entre os pré-socráticos e os pós-socráticos, o que lhe consagrou ser ele o
ponto-chave de uma viragem na sabedoria da humanidade, ou se quisermos, na forma de a obter. Depois dele, tudo seria diferente. Não deixou nada escrito.
A sua obra, se é que ela existe, reside no que os seus discípulos transmitiram e nos testemunhos que deixaram. Por isso, a sua figura permanece
um pouco obscura. O seu método, a maiêutica, sempre oral, pretendia provocar no discípulo respostas cada vez mais precisas por meio de perguntas hábeis,
até conseguir uma definição universalmente válida. Tinha quase sempre uma finalidade moral, isto é, o fruto de um conhecimento intelectual e não a adaptação a uma norma externa.
A percepção do mundo e do homem, a compreensão da Natureza, o discernimento, tudo passou a contribuir para um tipo de conhecimento universal. E de tal forma
o fez, que hoje continuamos a estudar a sua filosofia, o seu método, a sua importância no desenvolvimento do pensamento humano.
Este Sócrates da Antiguidade Clássica, também foi político e, talvez por isso mesmo, levou tão longe a habilidade das suas questões para a obtenção
de respostas cada vez mais credíveis e universais. Soube criticar e apontar soluções, sempre num caminho de descoberta onde a razão desempenhava um
papel primordial.
Hoje, o Sócrates que nos aparece na política, está longe de ser um seguidor daquele do século IV a.C. Apesar de tanto tempo os separar, o pensamento socrático era bem mais afilado e racional do que o expresso pelo Sócrates
actual. Aliás, nada os identifica, à partida. Nem a percepção do mundo e do homem, nem a habilidade posta nas questões e nas respostas que imite. É
evidente que os juízos de valor também são aleatórios, neste caso. Mas, mesmo assim, o Sócrates socialista do século XXI, não faz perguntas nem dá respostas! Como julgar um homem que assim precede? Não discute. Não debate.

Não se senta à mesa com os parceiros para expor os seus pensamentos. Não imite juízos de valor sobre coisas importantes, mesmo sobre as que diz... de
vez em quando. E muitas vezes engana-se, dando o dito por não dito! Há alguma coisa de comum nestes dois homens? Obviamente que não, a não ser o facto de
ambos serem homens.

Na política como na vida temos de ser verticais e suficientemente justos, para saber enfrentar as barreiras que se nos apresentam e explicar o porquê de as
querer vencer ou ultrapassar. O objectivo terá de ser credível, caso contrário, cairá por terra toda e qualquer asserção, sob pena de não se coadunar com os objectivos esperados pelos outros.
Na verdade, não é essa a postura que tem evidenciado este falso filósofo. E não é porque os objectivos além de serem escassos, não são credíveis.
Como o poderiam ser se ontem disse que iria criar 150 mil postos de trabalho e hoje diz que quer reduzir 75 mil funcionários públicos? Nós sabemos bem que
a situação económica e social de Portugal está em crise, mas somos suficientemente espertos para ver o que é exequível e o que não o é efectivamente. De facto, mesmo começando por dizer que não queria fazer
promessas nesta campanha, acabou por fazer já algumas promessas, mas infelizmente elas não são possíveis de concretizar e é só por isso que
são feitas, porque se fosse praticáveis, se calhar não seriam feitas. Mas os políticos são assim mesmo. Na política, há que prometer para poder cumprir! O problema é quando não se pode cumprir porque o que se prometeu
não é viável. A desculpa vem logo como lógica, numa perspectiva de fuga ao cumprimento da promessa já feita. Como gostaria Sócrates, o filósofo grego,
de ter uma conversinha com este Sócrates, aprendiz de filósofo português!
Que perguntas hábeis esperariam uma resposta credível deste nosso político?
Será que à pergunta «Espera ganhar as eleições legislativas« ele responderia Sim!? Será que responderia que vai ganhar com maioria absoluta?
Será que diria que se ganhar vai aumentar o desemprego em Portugal? Que respostas nós poderiam esperar? Enfim, são apenas expectativas de uma perspectiva filosófica, claro!
Aliás, neste momento e com os políticos que se presentam a sufrágio, apenas podemos aventar hipóteses que, numa visão socrática, esperam uma conclusão universal, ou seja, uma resposta válida para todo o universo português.
Isto é.... filosofando!

Partilhar
Facebook Twitter

+ Crónicas


O intruso
Publicada em: 05/01/2021 - 22:03
A China de XI
Publicada em: 20/12/2020 - 14:06
Famílias desfeitas
Publicada em: 08/12/2020 - 14:03
A irreverência do perdedor
Publicada em: 21/11/2020 - 01:06
Horário de ponta
Publicada em: 11/11/2020 - 23:29
Sem ilusões
Publicada em: 26/10/2020 - 10:22
A febre de Trump
Publicada em: 21/10/2020 - 00:13
A saúde, o governo e o futebol
Publicada em: 29/09/2020 - 17:37
Preocupação sem férias
Publicada em: 07/09/2020 - 23:41
O vírus não é racista
Publicada em: 06/09/2020 - 12:28
  • 1
  • 2
  • 3
  • 4
  • 5
  • 6
  • 7
  • 8
  • 9
  • …
  • seguinte ›
  • última »

Opinião

Retrato de henrique
Henrique Ferreira
Morreremos da doença e da cura?
17/01/2021
Retrato de igreja
Manuel Igreja
O boneco de neve
16/01/2021
Retrato de ana
Ana Soares
Um confinamento muito desconfinado
15/01/2021
Retrato de chrys
Chrys Chrystello
Este povo que hoje não vota 
13/01/2021

+ Vistas (últimos 15 dias)

Mulher de 70 anos encontrada morta dentro de uma lagoa em Cércio
// Miranda do Douro
Homem atira-se do viaduto da A24
// Vila Pouca de Aguiar
Atleta de Mirandela cai inanimado e morre durante jogo de Basquetebol
// Mirandela
Homem encontrado morto em Penhas Juntas
// Vinhais
PSP investiga assalto violento a casal de comerciantes em Chaves
// Chaves

Publicidade Google

CRONISTAS

Retrato de luis
Luis Ferreira
Retrato de Paulo
Paulo Fidalgo
Retrato de ana
Ana Soares
Retrato de brito
João Carlos Brito
Retrato de henrique
Henrique Ferreira
Retrato de Angela
Ângela Bruce
Retrato de Bandarra
Carlos Ferreira
Retrato de Duarte
Duarte Mairos
Retrato de monica
Mónica Teixeira
Retrato de batista
Vítor Batista
Retrato de bj
Batista Jerónimo
Retrato de Carmo
Ana Carmo
Para sugestões, informações ou recomendações: [email protected]

Formulário de pesquisa

Diário de Trás-os-Montes

© Diario de Trás-os-Montes (Desde 1999)

Proibida qualquer cópia não previamente autorizada.



  • Ficha Técnica
  • Estatuto Editorial
  • Contactos
  • Login


Bragança

  • Alfândega da Fé
  • Bragança
  • Carrazeda de Ansiães
  • Freixo de Espada à Cinta
  • Macedo de Cavaleiros
  • Miranda do Douro
  • Mirandela
  • Mogadouro
  • Torre de Moncorvo
  • Vila Flor
  • Vimioso
  • Vinhais

Vila Real

  • Alijó
  • Boticas
  • Chaves
  • Mesão Frio
  • Mondim de Basto
  • Montalegre
  • Murça
  • Peso da Régua
  • Ribeira de Pena
  • Sabrosa
  • St.ª Marta Penaguião
  • Valpaços
  • Vila Pouca de Aguiar
  • Vila Real

Secções

  • Douro
  • Trás-os-Montes
  • Livros
  • Mirandês
  • Emigração
  • Diversos
© Diário de Trás-os-Montes