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A educação adiada

Retrato de luis
Luis Ferreira

A educação adiada

É verdade que são poucos os que estarão de acordo com o caminho que a educação trilha em Portugal. Na verdade, por cada mês que passa, defrontamo-nos com novas regras, com alterações que a ninguém aprazem, a
não ser, claro, à senhora Ministra de Educação ou ao senhor Primeiro Ministro. Este ano tem sido um espaço de tempo destinado a experiências várias, por parte do Ministério, em que os professores e os alunos nada mais
têm sido que simples cobaias. Não interessa se estão de acordo ou não. Não interessa se não são chamados a pronunciarem-se sobre o projecto em causa.
Não interessa se os alunos são tidos como as pedras do tabuleiro onde se joga o sucesso escolar. As pedras arrumam-se no final do jogo, quer se perca ou
ganhe. As cobaias servem ao projecto para validar a experiência e depois são simplesmente aniquiladas. Quem se interessa por elas? Ninguém.
Nesta perspectiva de reforma ou de mudança drástica das regras do jogo, surgiram as aulas de substituição para o ensino básico e todos vimos como isso se processou e como reagiram alunos e professores. Alguém se interessou pelas consequências? O curioso da questão é que apareceram alguns pais ou
encarregados de educação, supostamente, a defenderem a reforma e o novo sistema afirmando que o mesmo contribuiria para o sucesso escolar, mesmo não
tendo conhecimento de causa. Esqueceram-se de dizer que isso lhes dava imenso jeito, pois os filhos, em vez de irem para casa, ficavam na escola e não tinham que se preocupar com eles, especialmente os alunos do pré-escolar e do primeiro ciclo. A medida veio mesmo a calhar! Como é que podiam estar contra ela? Se os alunos estavam de acordo ou não, isso não interessava. Interessava aos pais e ponto final. Ah, também interessava à senhora Ministra de Educação, claro. E ao governo, obviamente!
E o sistema? E os professores? E as escolas? Alguém questionou os verdadeiros interessados?
Agora e face a todos os protestos constatados pelo país na totalidade do seu território, vem o senhor Primeiro Ministro dizer que para o próximo ano lectivo, as aulas de substituição se alargarão ao secundário, inseridas na
mesma visão programática cujo objectivo será o sucesso escolar.
Ora bem, nem sequer foi necessário aquilatar da justeza das medidas tomadas no início deste ano, nem dos resultados que daí advirão, para lançar já o alargamento das medidas aos alunos pré-universitários, supostamente de maioridade e, na sua maior parte, encarregados de educação de si mesmos.
Escusado será dizer, que esta tomada de posição do governo foi por demais prepotente já que não houve quaisquer tipo de consultas prévias nem aos alunos, nem aos pais nem ao processo iniciado este ano, para o executivo por julgar as vantagens ou desvantagens deste alargamento.
Assim, no próximo ano, independentemente de todas as greves e manifestações que se possam fazer, lá teremos as aulas de substituição para todos os ciclos do ensino em Portugal que, contrariamente ao que a senhora ministra diz, em nada contribuem para a diminuição do insucesso escolar. Direi mesmo que elas contribuem fortemente para aumentar o insucesso escolar e, igualmente, o desinteresse dos professores. Teremos cada vez mais professores que se sentem cada vez menos professores e alunos que se sentem prisioneiros de um sistema inibitório onde a liberdade de escolha é posta em causa e onde a igualdade de oportunidades começa a questionar-se. Decididamente, não é por aqui o caminho que poderá levar ao sucesso escolar.
Nós até podemos estar sujeitos a uma certa pressão europeia no que respeita à educação. Até podemos ter de apresentar rankings escolares para justificar qualquer coisa que ainda não descobri! Mas este não é certamente, o método para tal meta.
Há cerca de 25 anos que teimamos em fazer reformas na educação. Há 25 anos que teimamos em ajustar métodos e regras que a outros falharam. Há 25 anos
que teimamos em reformar o que já está demasiado reformado, por desajustamento completo. Há 25 anos que teimamos em não sermos portugueses,
em não sermos, no fundo, genuínos. Porquê? Esta é a questão a que os portugueses devem responder rapidamente. Os vários governos que por aqui têm
passado, devem responder a esta questão com urgência, porque se o não fizerem é porque não souberam decididamente, o que andaram a fazer na educação.
E não inventem mais aulas de substituição, porque não trazem nada de novo, até porque já são muito antigas. Nos anos 60 e 70 já se usavam nos colégios particulares com o nome de salas de estudo. Mas não eram os
professores que estavam nas salas. Eram os chamados perfeitos. Uma espécie de chefe dos auxiliares de educação de agora. E sabem uma coisa? O sucesso
escolar era muito maior que agora e ninguém substituía ninguém! E nós éramos verdadeiramente portugueses. Que o diga Veiga Simão. Chega de adiamentos!

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