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É azar...

Retrato de igreja
Manuel Igreja

É azar...

Ao longo dos anos, fomo-nos habituando neste nosso sofrido país, a olhar para a administração publica como algo que anda aos tropeções, quase sem rei nem roque, e que vai funcionando mais ao jeito do que cada um quer do que ao jeito da satisfação das necessidades dos cidadãos que lhe dão ou devem dar a essência e a justificação de vida.

Dela, da administração da coisa que é de todos nós, pouco mais fomos esperando do que o mínimo básico, pacientemente nela damos as voltas necessárias para os fins que pretendemos atingir buscando sempre os meios que encurtem as demoras, e mais coisa menos coisa, resignamo-nos a viver com ela a sugar-nos o nosso rico dinheirinho sob a forma de impostos que pouco mais servem do que para lhe suportar as despesas de funcionamento.

Restava-nos como esperança da possibilidade de virmos a ter um país a afigurar-se como moderno ou lá perto, um certo sector privado da economia, que nos habituamos a ver como algo que funciona bem, com algo entregue a gestores de toda a categoria, que admiramos e a quem no fundo da nossa pequenez endémica invejamos os chorudos proventos, que de tão o serem, até nos fogem ao entendimento.

Neste sector da economia lusa, tínhamos um exemplo daquilo que se podia apontar como digno de respeito e de admiração no que respeita à gestão financeira e empresarial. Era o BCP, elevado a paradigma nacional e até internacional daquilo que é gestão. Nasceu do nada, mal a banca deixou de ser unicamente do Estado, alterou hábitos de atender e de se ser atendido, cresceu, internacionalizou-se, e ainda que eventualmente aqui e ali discordasse-mos de certos modos, não podíamos deixar de sentir orgulho e até satisfação perante a obra feita, no fundo, uma obra respeitada por quase todo o estrangeiro que olha para estas coisas.

Afinal, era a prova de que este nosso país não se afirma somente pelo fado , pelo futebol, e pelo impar sol que nos coube em sorte, contrariamente aquilo que alguns que o pretendem promover internacionalmente futuram, como demonstraram recentemente numa infeliz e pacóvia campanha. O BCP, e felizmente outras empresas de outros sectores, era a prova de que em Portugal existe conhecimento e exista gente que sabe com quantos paus se faz uma canoa.

Escureceu-se contudo o céu para as bandas do maior banco privado em Portugal, zangaram-se as comadres no lavadouro publico, e para espanto de todos, vieram ao decima novidades tristes que dizem de jogadas trapaceiras, e de processos tão pouco recomendáveis como tão complexos. A borrasca fez cair a administração, quem era bestial e logo passou a besta, e desencadeou-se um processo eleitoral para a gestão do banco, o qual por vezes em muito se afigura a um processo de eleições para uma associação de bairro. A coisa e mais o que a rodeia é discutida nas mercearias e nos barbeiros, a politica meteu-se no assunto pela negativa, e no dia em que isto escrevo, toda a comunicação dá espaço e tempo de antena a um assunto que devia conter em si toda a reserva, em vez de disputar publicamente e com as espingardas contadas á vista geral.

Bem podemos concluir pois, que afinal e para infelicidade nossa, não só a administração publica tarda a não andar aos trambolhões e ao sabor de interesses muito próprios, como afinal também no sector privado nem sempre o andamento se faz por caminhos que nem sempre se recomendam. É azar.

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