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As contas do Governo e a Educação

Retrato de luis
Luis Ferreira

As contas do Governo e a Educação

É verdade que hoje já se não fazem contas como antigamente. Aliás como muitas coisas! Talvez seja por isso que se começou a dizer que a tradição
já não é o que era. E não é mesmo!
Fazer contas à moda antiga já não é para qualquer um e verificar a sua exactidão através da prova dos nove ainda pior! E as provas reais? Muito pior! Mas há quem faça as contas à sua maneira e não se preocupe em
verificar se estão certas ou não. Aliás isso é o menos importante. O que é necessário é mostrar em teoria que se sabe e depois os outros que verifiquem se estão certas ou não. Mas atenção! Têm que dar sempre certas, se não é uma vergonha, como aconteceu com a demonstração ao vivo de Guterres. Mas também isso não é coisa que importe a Sócrates.
Apostado que está o governo em atacar o esbanjamento de capitais e em arranjar dinheiro seja de que maneira for, não há barreiras que se não atreva a saltar. Eu até concordo com uma filosofia de contenção quando, perante umaconjuntura internacional que nos obriga, forçosamente, a equacionar meios de poupança e, não tendo outros métodos de auferir proveitos para os cofres do Estado, se tenham de tomar medidas mais drásticas.

Só que essas medidas não poderão colidir com uma política de desenvolvimento global e muito menos ir
de encontro a promessas feitas aos portugueses. E aqui já não cabem desculpas. Tenham paciência, mas as desculpas já se estão a tornar demasiado banais e não podem desculpar tudo.
A Educação tem servido para muitas coisas ao longo destes últimos anos, até para fazer asneiras e reformas. Tem sido a paixão fracassada de uns, o grande
amor de outros e perdição de muitos. Sócrates apostou igualmente na Educação, mesmo sem saber os contornos exactos dessa aposta. Apostou que
empregava mil recém licenciados, diminuindo assim o desemprego, que faria alterações substanciais na Educação, nos Cursos, nos Currículos, nas
Escolas, etc.. Nós ouvimos, mas não sabíamos exactamente o que é que ele queria dizer com tudo isso. Agora que o ano lectivo começou é que nos
apercebemos mais concretamente do que ele queria fazer e do que tinha em mente.

Simplesmente maquiavélico! Todas as alterações nos horários dos professores e dos alunos, com o suposto objectivo de aumentar o ranking das escolas, a
alfabetização e o sucesso escolar, tinham um propósito um pouco diferente.
Em nada beneficia os alunos, já que eles continuam a estar na escola o mesmo tempo que estavam antes. Os professores ao serem obrigados a estar 26, 28 ou 35
horas nas escolas em nada faz aumentar o sucesso escolar. Antes pelo contrário.

Isto só faz aumentar o descrédito da educação, a revolta dos professores e dos alunos, o mau funcionamento das escolas para não falar na alteração dos ambientes familiares.
Mas e como é que isto sucedeu? Aconteceu porque era necessário ir buscar dinheiro a qualquer lado e alguém pensou que assim o conseguiria. E não é
que consegue mesmo? E de que modo! Ora vejam. Com os cargos escolares a não serem contabilizados no horário dos professores eliminando praticamente as
reduções, levou a que sejam necessários muito menos professores nas escolas.
Um exemplo é a Escola Secundária de Mirandela que no corrente ano tem menos cerca de 20 horários, o que equivale a menos 20 professores que o ano passado.
Outro é a Escola Secundária de Vinhais que este ano tem menos 11 horários, equivalendo a menos 11 professores. Isto numa escola com cerca de 340 alunos.
Agora podemos fazer algumas contas. Se estendermos a situação a nível nacional, quantos horários a menos teremos? Quantos professores a menos serão colocados?
Bom, partindo de uma média baixa, de que cada professor não colocado poderia ganhar cerca de 200 contos e multiplicando este valor pelos professores que
não vão ser colocados, quantos milhares de contos entram nos cofres do Estado?
Por outro lado, para quem queria combater o desemprego tão afincadamente, como é que se atreve a colocar no desemprego cerca de mais quinze mil professores do que o ano anterior? É esta a política de progresso? É esta a forma de combater o desperdício? É este o modo mais lícito de ir buscar dinheiro?
Francamente!
Pois é. Quem é que se lembraria de fazer uma coisa destas?! Que imaginação mais fértil! Pena é que nem todos saibam fazer estas contas. Mas era bom que
as fizessem para ver como tudo isto é maquiavélico!
Mas isso pouco importa. Já ninguém sabe fazer contas à moda antiga.
Entretanto o governo vai buscar o dinheiro que precisa e os professores que se lixem. O desemprego que se trame. Isso são contas feitas de uma outra forma
que aqui não interessa explicar.

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