Natural de Vinhais, o ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos e ex-vice presidente do BCP foi condenado a cinco anos de prisão efetiva por três crimes de tráfico de influência no âmbito do processo Face Oculta.

 

Apesar de ter três dias para se apresentar no Estabelecimento Prisional de Évora, num prazo dado esta segunda-feira pela juíza titular do processo, Marta de Carvalho, e que terminaria, apenas, às 14 horas de amanhã, dia 17 de janeiro, Armando Vara decidiu entregar-se esta quarta-feira à tarde, por volta das 16h45.

À chegada, o antigo ministro socialista, de semblante compreensivelmente carregado e, naturalmente, parco em palavras, reiterou a sua inocência, revelando sentir “uma certa indignação” aos jornalistas presentes por esta ser, na sua opinião, “uma pena extremamente injusta”.

Natural de Vinhais, o ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos e, também, ex-vice presidente do BCP, foi condenado a cinco anos de prisão efetiva por três crimes de tráfico de influência no âmbito do processo Face Oculta, em Setembro de 2014, pelo Tribunal de Aveiro.

Recorde-se que, no processo Face Oculta, ficou provado que o ex-governante havia recebido luvas no valor de 25 mil euros para interceder junto do Governo em benefício de algumas empresas e só não foi preso após a leitura da sentença, precisamente por não estarem esgotadas todas as possibilidades de interposição de recurso. No entanto, no último mês de 2018, o prazo terminou e foi quando Vara terá informado o tribunal que se apresentaria voluntariamente para iniciar o cumprimento da pena efetiva de cinco anos.

Já no Estabelecimento Prisional de Évora, o antigo ministro da Juventude e Desporto (2000) terá direito ao usufruto da biblioteca, ginásio, televisão e campo de futebol, entre outras regalias. Até porque, em 2008, José Sócrates, no poder, mudou o estatuto da prisão que hoje mais se fala, reservando-a a políticos, membros de forças de segurança, magistrados e militares a braços com a lei, sendo como que uma espécie de cativeiro privilegiado para a “alegada” elite nacional, tendo recebido, inclusive, o ex-primeiro-ministro socialista, na altura em prisão preventiva, no âmbito do Processo Marquês.

 



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