Autarcas transmontanos defenderam a separação do Grande Porto dos restantes concelhos do Norte com a criação de uma nova NUT.

Na última reunião em Guimarães do Concelho regional do Norte, os autarcas transmontanos defenderam a separação do Grande Porto dos restantes concelhos do Norte com a criação de uma nova NUT, com o objetivo de separar as águas na obtenção de fundos comunitários.

O presidente da CIM Trás-os-Montes, Américo Pereira, justificou a proposta com a realidade dos factos, isto porque os municípios do Grande Porto têm um nível e riqueza que os exclui dos fundos, mas que recebem mais do que os municípios do interior, que contribuem com as estatísticas de pobreza para a obtenção dos fundos.

Américo Pereira mostrou-se convencido que Bruxelas iria concordar com a sua proposta, com a saída do Grande Porto e a criação de uma NUT própria, que iria englobar os concelhos do Porto, Gaia, Matosinhos, Gondomar e Valongo.

Esta proposta foi apoiada por vários autarcas, nomeadamente, pelo presidente da câmara de Chaves, António Cabeleira que referiu, que “do bolo de 385 milhões para o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, 55 por cento vão para o Grande Porto e mesmo assim não estão contentes”.

Rui Santos, presidente da Câmara Vila Real, admitiu o cenário da separação ou continuar o diálogo como até agora.

O social-democrata Hernâni Dias lembrou que os municípios da polémica que levaram o Governo a exonerar Emídio Gomes só recebem verbas comunitárias à custa dos concelhos menos desenvolvidos do Interior.

Outros presidentes de câmara apelaram à união e ao diálogo como Ricardo Rio que disse que “não se pode sacrificar a coesão por meia dúzia de milhões”, pois “ninguém está satisfeito com as dotações e teríamos mais a ganhar se estivéssemos unidos”.

Já Emídio Gomes, o homem no centro de toda a polémica, leu os emails trocados entre ele e o Ministro, para justificar as atitudes que tem tomado, tendo até segunda-feira para se pronunciar sobre a sua exoneração.



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