A Câmara Municipal de Chaves promoveu ontem uma sessão pública de apresentação e esclarecimento do projeto de conservação e musealização do antigo balneário das Termas Medicinais Romanas. A iniciativa, aberta à participação de toda a população, teve lugar na sala multiusos da Biblioteca Municipal, tendo sala cheia.

Estiveram presentes na sessão pública o Presidente da Câmara, António Cabeleira, o arquiteto do gabinete de arquitetura “Creative Strategists in Architecture & Design”, Bruno André, que desenvolveu o projeto apresentado, o Chefe da Divisão de Salvaguarda do Centro Histórico, António Malheiro, e o arqueólogo municipal, Sérgio Carneiro.

Dada a importância de divulgação, estudo e preservação dos achados arqueológicos e das estruturas encontradas, tornou-se uma prioridade para o Município construir um edifício sólido e robusto, capaz de acolher e preservar o achado histórico, o qual evidencia potencial para se transformar num ex-líbris complementar à ponte romana de Trajano, atraindo turistas e visitantes.

Concluída esta fase de construção do edifício, que irá albergar o Museu das Termas Romanas, o qual tentou conciliar a preservação dos achados arqueológicos com o funcionamento da praça, de modo a que os flavienses pudessem continuar a usufruir da mesma, a autarquia flaviense vai avançar com o projeto de conservação, desumidificação e musealização do espaço para que o mesmo se torne visitável e reúna todas as condições necessárias para um bom acolhimento do público.

No interior do edifício, o projeto de intervenção contempla, na zona de entrada, a localização de um elemento tridimensional da maquete com a reconstituição das ruínas. Na ala direita do espaço está previsto colocar os conteúdos bidimensionais, de acordo com uma linha cronológica que explora a História do Largo do Arrabalde como uma viagem no tempo em que o visitante percorre mais de 2000 anos de História, desde a época romana até à atualidade. Já na lateral esquerda serão expostos os elementos líticos tridimensionais e colocada uma mesa táctil interativa conjugada com apresentações bidimensionais, bem como uma reconstrução parcial da abóbada de cobertura do balneário.

A circulação ao nível das estruturas arqueológicas também foi pensada, permitindo a realização de visitas guiadas, atuações e espetáculos, dando uma utilização dinâmica ao espaço com eventos diferenciados e para vários públicos.

No que diz respeito à intervenção na praça, esta passará por pequenas ações que devolvam ao espaço um caracter humano, confortável e enquadrado no tecido urbano da cidade. Assim, serão redefinidos os limites da praça, através da construção de pequenos muros, bem como da zona de acesso ao tribunal, além da construção de uma cobertura, no limite norte da praça, a qual irá permitir o sombreamento daquele espaço, que será munido de bancos. A cobertura será preenchida com painéis fotovoltaicos que darão energia elétrica para o museu, permitindo assim uma poupança na fatura da eletricidade.

Fazem ainda parte do projeto ações de conservação e restauro das estruturas, que vão incidir em toda a área exposta pelas escavações arqueológicas, onde se poderá destacar a reparação e reativação do sistema hidráulico das termas. Outra intervenção também importante será a instalação de um sistema de circulação forçada de ar, que irá diminuir a humidade e a condensação, melhorando as condições de conforto no interior.

O projeto de conservação e musealização das Termas Romanas integra uma candidatura a fundos comunitários do Programa Norte 2020 (cofinanciamento FEDER), submetida pelo Município de Chaves, com um investimento que ronda 1 milhão de euros.


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