Depois de uma década de prejuízos sucessivos, este ano vai ser um ano com melhores colheitas de maçã, no concelho Carrazeda de Ansiães, um dos maiores produtores da região Norte.

Esta terá sido uma das poucas culturas que não foram afectadas pelo Verão atípico e aleatoriedades climatéricas, o que liberta boas perspectivas dos agricultores que já iniciaram a apanha.

Luís Nunes, um dos produtores do concelho que, o ano passado, perdeu quase 80% da produção, traída pelo granizo, resume o resultado deste ano a \"uma produção normal, sem perdas significativas\". Daí que não deva falhar por muito as 600 toneladas de potencial produtivo.

Apesar de alguns sinistro meteorológicos, como as trovoadas e granizo do último fim-de-semana de Agosto e um Verão atípico, a generalidade dos pomares de pomóideas não foi afectada, o que deixa adivinhar uma colheita \"bastante razoável em quantidade e qualidade\", segundo António Augusto Nascimento, gerente da Frucar.

Este responsável reforça que \"os efeitos do granizo e da geada são quase insignificantes na produção final\". Por isso, a Frucar, que reúne cerca de duas dezenas de agricultores, deverá este ano atingir praticamente o seu máximo produtivo 3500 toneladas de fruta. O escoamento está também garantido, como sempre, maioritariamente através das grandes cadeias de distribuição nacional.

Eduardo Pinto

Respirar de alívio

António Augusto Nascimento, gerente da Frucar, a empresa que mais maçã comercializa no concelho,

recorda que, sobretudo nos últimos quatro anos, a perdas de produção foram \"catastróficas\", o que colocou a estrutura produtiva e os próprios agricultores da região em \"grandes dificuldades\". \"Não havendo fruta também não se faz dinheiro, e há custos fixos que preciso suportar\", conclui. Este ano os agricultores devem respirar algum alívio.



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«Não reúne as condições mínimas»

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