Movimento cívico pretende fazer o balanço da atividade do último ano, explicar os contornos da candidatura a fundos comunitários submetida pela Universidade de Trás os Montes e Alto Douro (UTAD) e fomentar a partilha de ideias. A iniciativa é aberta a toda a comunidade.

Joana Lopes, Sofia Rocha e Silva, Ari Martins e Eduarda Freitas lideram o movimento cívico que, há pouco mais de um ano, apresentou à Universidade de Trás os Montes e Alto Douro (UTAD) a ideia da criação de um Polo de Industrias Criativas no Douro e vão promover, no próximo dia 1 de abril, no Museu da Vila Velha, em Vila Real, uma sessão pública de esclarecimento para dar conta do trabalho realizado no último ano.

A UTAD, ciente da importância de que este projeto se reveste na criação de valor acrescentado em diversos setores da região, incluindo os denominados sectores tradicionais, associou-se empenhadamente ao mesmo, contribuindo com um trabalho percursor que está refletido na candidatura que a universidade submeteu ao programa Norte 2020, instrumento financeiro de apoio ao desenvolvimento regional do Norte de Portugal, designado por DOURO-C: Douro Creative HUB.

O projeto DOURO-C: Douro Creative HUB, propõe-se identificar, dinamizar e promover as industrias criativas no Douro, servindo de rampa de lançamento para o futuro Polo das Industrias Criativas do Douro. Tem ainda a intenção de se constituir como um instrumento de valorização dos recursos da região (humanos, materiais e imateriais), alavancado numa estratégia de promoção do empreendedorismo criativo que passa pela identificação das melhores ideias criativas para o Douro, pela incubação e pela mentoria, pela implantação de um Creative Camp como espaço de colaboração entre criativos no apoio ao desenvolvimento, e de um Mercado Criativo, capaz de promover e dar visibilidade a este setor. O DOURO-C: Douro Creative HUB tem um orçamento global de 600 mil euros e uma duração prevista de 24 meses.

Para o reitor da UTAD, António Fontaínhas Fernandes, “o contributo das indústrias criativas na economia dos países tem vindo a afirmar-se e, indubitavelmente é considerado vital na afirmação e desenvolvimento das regiões. A UTAD tem vindo a dinamizar este setor na comunidade académica, atendendo à importância que assume para aumentar valor acrescentado em diversos setores e atividade, mesmos dos denominados sectores tradicionais”.

Por sua vez, João Calejo, engenheiro da UTAD que lidera a candidatura ao Norte 2020 defende que a criação do Polo faz todo o sentido para a região porque “sendo uma iniciativa que parte das pessoas, e não das instituições, demonstra já a sua importância e utilidade prática, fundamentais no sucesso de qualquer iniciativa. Processos idênticos em outras partes do globo, e mesmo nacionais, têm demonstrado que iniciativas desta natureza são capazes de valorizar os recursos de forma sustentável, fixar recursos humanos altamente qualificados e gerar economia significativas para os espaços”.

A primeira sessão pública de discussão do projecto aconteceu há cerca de um ano e juntou no Museu da Vila Velha, em Vila Real, mais de 100 pessoas, entre artistas, artesãos, designers, arquitetos, representantes de instituições culturais e autárquicas, entre outros.



PARTILHAR:

Vila Real sensibiliza para incêndios e usa igrejas para chegar às pessoas

Hospital Terra Quente avalia qualidade do sono