O processo de fabrico do barro preto de Bisalhães, em Vila Real, foi hoje inscrito na lista do Património Cultural Imaterial que necessita de salvaguarda urgente da Unesco.

A decisão foi tomada hoje, durante a 11.ª reunião do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, que está a decorrer em Adis Abeba, capital da Etiópia.

A Câmara de Vila Real avançou com a candidatura do processo de fabrico do barro negro de Bisalhães à lista do património cultural imaterial que necessita de salvaguarda urgente, precisamente por esta ser uma atividade em vias de extinção. O município disse que se tratou de um "processo complexo que demorou mais de um ano a ser completado".

A inscrição na lista da Unesco vai "motivar a implementação de um amplo plano de salvaguarda que o município de Vila Real idealizou, que vai desde a formação de oleiros, passando pela certificação do processo e até ao incentivo do surgimento de novas utilizações e design para este material único".

A notícia chegou rapidamente a Vila Real. O oleiro Cesário Martins, de 80 anos, ficou satisfeito e orgulhoso com a notícia. Cesário é um dos 5 oleiros de Bisalhães e sonha com uma escola onde possa ensinar a arte do fabrico do barro negro.

As peças que nascem pelas mãos destes artesãos são depois cozidas em velhinhos fornos abertos na terra, onde são queimadas giestas, caruma, carquejas e abafadas depois com terra escura, a mesma que lhe vai dar a cor negra.
Lusa



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