Em 1979, organizou-se um pequeno grupo folclórico infantil para animar uma festa de São João na Casa do Professor. Os pequenos artistas eram os filhos de alguns professores, e a ideia que nasceu por brincadeira, tornou-se num sucesso que tem sobrevivido há já 23 anos. Em 1985 surgiu também um grupo de teatro infantil, "Os Pirralhos", que tem já no seu historial mais de três dezenas de peças inéditas estreadas e várias centenas de espectáculos feitos por toda a região.

O grupo folclórico e o de teatro desligaram-se da Casa do Professor no ano de 1987, para se legalizarem com a designação de Associação Juvenil Cultural e Recreativa "O Cantaréu". Desde então, esta Associação tem batalhado por um espaço para realizar os seus ensaios e por locais próprios para as actuações dos grupos que a ele pertencem. Os seus elementos ocuparam uma casa particular, de onde saíram para passarem a ensaiar num baixo, mas pouco tempo depois voltaram para a casa inicial. Neste momento, têm como "sede" uma garagem, "o melhor que a Câmara Municipal de Vila Real nos pÎde arranjar", referiu ao Semanário TRANSMONTANO Cristina Proença, membro desta Associação. Mas o local onde actualmente ensaiam "tem péssimas condições acústicas" e a sede é já algo muito desejado. Um sonho que poderá ser realizado em breve, visto já haver um projecto definido e um terreno, cedido pela autarquia local, para a sua construção.

Serão necessários cerca de 100 mil contos para que o projecto passe do papel para a realidade. Metade dessa verba será atribuída pelo PIDDAC e o resto "teremos de o conseguir seja como for", confessou Cristina Proença. Sendo assim, a Associação espera já poder ensaiar na sua sede daqui a três anos.

Sem espaço para actuar

"O Cantaréu" conta actualmente com 300 sócios, dos quais cerca de 200 trabalham afincadamente nas actividades da Associação. São várias as idades das pessoas envolvidas nesta colectividade. No grupo de teatro "Os Pirralhos" estão crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 16 anos e o grupo folclórico é constituído por elementos dos 4 aos 67 anos. Para além destes, a Associação conta com um grupo de dança jazz e uma equipa de futebol de veteranos. "O Cantaréu" é ainda o "responsável" pela realização de alguns concursos, de entre os quais se destacam os "Rallys Paper", os concursos de mascarados, de quadras de São João e diversos projectos de solidariedade. E os pais das crianças envolvidas na colectividade também se dedicam à realização de tarefas em prol do sucesso de "O Cantaréu".

A Associação não vive apenas dos subsídios entregues pela autarquia, apesar de eles serem bem vindos. "Nós somos independentes dos subsídios, fazemos diversos trabalhos que vendemos em algumas feiras", explica Cristina Proença, e é com esse dinheiro que se vão mantendo e vão batalhando pelo sucesso que já alcançaram.

A agenda para este ano já está bastante preenchida, segundo confirmou Cristina Proença, mas a Associação enfrenta, neste momento, um grave problema: onde apresentar a peça que estão a ensaiar. Normalmente, "O Cantaréu" aluga o anfiteatro da Aula Magna da UTAD, mas este ano não vão poder contar com este espaço, visto que "já nos negaram por duas vezes o aluguer". Assim, até Junho, data prevista para a apresentação da peça, terão de encontrar um espaço à altura para receber os pequenos grandes artistas do grupo de teatro "Os Pirralhos".



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