O ministro do Ambiente, Nunes Correia, garantiu hoje em Vila Real que a cascata Fisgas do Ermelo vai continuar, apesar da construção das barragens do Alto Tâmega.
«As Fisgas do Ermelo, neste momento, posso dar por adquirido que vão continuar», assegurou o ministro, acrescentando que «houve um grande empenho nesse sentido».

«O nosso esforço é sempre conciliar o desenvolvimento das regiões e das populações com a conservação da natureza«, afirmou Nunes Correia, após a cerimónia de posse do novo director do Departamento de Áreas Protegidas do Norte, Lagido Domingos, que ocorreu hoje na sede do Parque Natural do Alvão, em Vila Real.

A cascata Fisgas do Ermelo, uma queda de água no rio Olo, afluente do Tâmega, é dos locais mais visitados no Parque do Alvão, numa zona onde o caudal do rio separa as zonas graníticas das zonas xistosas.

O desnível da cascata, uma das maiores quedas de água da Europa, situada em Ermelo, no concelho de Mondim de Basto, estende-se por 200 metros de extensão.

Temia-se a extinção das Fisgas do Ermelo porque o projecto das quatro barragens da »cascata do Tâmega« - Alto Tâmega, Daivões, Padroselos e Gouvães - hoje apresentado em Chaves, na presença do primeiro-ministro José Sócrates, previa o desvio do caudal do rio Olo para a barragem de Gouvães através de um canal de derivação de quase oito quilómetros.

A ideia surgiu no estudo prévio do Plano Nacional de Barragens, mas gerou de imediato forte contestação na região de Vila Real e de Amarante, uma vez que a redução do caudal do Olo destruiria a queda de água.



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