A presidente da Câmara de Mirandela, Júlia Rodrigues, desafiou hoje o ministro do Ambiente a apoiar financeiramente o projeto turístico local dos Passadiços do Tua, que visa aproveitar o potencial natural da região.

O ministro Matos Fernandes garantiu que vai "certamente avaliar o projeto", mas frisou que "já lá vai o tempo em que os ministros vinham às terras trazer as boas novas a propósito de pouca coisa".

Ainda assim, o governante apontou que "só este ano, estão disponíveis sete milhões de euros para apoiar um conjunto vasto de projetos no domínio da Conservação da Natureza.

Matos Fernandes deslocou-se a Trás-os-Montes para visitar os trabalhos de reabilitação do Cachão e conhecer, numa cerimónia em Mirandela, vários projetos em curso ou em preparação nesta zona do distrito de Bragança.

Aproveitar o potencial natural das margens dos rios Tua e Rabaçal é o propósito da autarca de Mirandela com os Passadiços do Tua, cujo projeto vai agora ser "estudado, avaliado o custo e preparada a candidatura ao Ministério do Ambiente", como disse a presidente da câmara.

A ideia é ligar as praias fluviais à zona verde de Mirandela e interligar este projeto com a nova mobilidade do Tua, que está prevista avançar no verão, com comboios e barcos.

No Vale do Tua estão em curso outros projetos como as "portas" de entrada, com um investimento de 350 mil euros para executar em seis meses nos cinco concelhos da área de abrangência do Parque Natural regional, nomeadamente Carrazeda de Ansiães, Mirandela, Vila Flor, Alijó e Murça.

Cada um dos municípios disponibilizou um espaço físico correspondente às chamadas "portas", onde será disponibilizada aos visitantes informação e outros conteúdos sobre este parque regional, o único de Portugal, que nasceu das contrapartidas da barragem de Foz Tua.

Em matéria ambiental, Mirandela prepara-se para melhorar as condições de tratamento das águas residuais ou esgotos com obras na ETAR, construída há 20 anos e que é motivo de queixas da população, sobretudo da zona da Preguiça, por causa dos cheiros no tempo quente.

Um investimento de mais de 700 mil euros vai, no prazo de um ano, segundo as estimativas avançadas, renovar a estação elevatória ajudar a resolver o problema, de acordo com o presidente das Águas do Norte, Macedo do Vale.



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