A Cooperativa de Olivicultores de Murça vai construir um novo lagar de azeite, com meio hectare de área coberta, representando um investimento de 200 mil contos.
Manuel Ribeiro referiu que o actual lagar de azeite é muito reduzido para responder às exigências da produção e, por isso, "ainda este ano a cooperativa vai iniciar as obras para a construção de um novo edifício".
Segundo aquele responsável, foi já assinado um protocolo de colaboração com a Câmara de Murça através do qual a autarquia se compromete a comprar o actual edifício para ajudar na construção do novo lagar.
O equipamento do actual lagar, que há quatro anos trabalha segundo um sistema completamente modernizado e biológico, será transferido para o novo edifício.
O projecto, que prevê a construção de um edifício novo e a instalação de uma nova linha de transformação para a produção de azeite, é candidato ao apoio financeiro do III Quadro Comunitário de Apoio.
A Cooperativa de Olivicultores de Murça possui 800 sócios efectivos e pode transformar 60 toneladas de azeitona por dia, mas irá receber apenas 300 toneladas relativas à campanha de 2000/2001 devido à acentuada queda de produção da última campanha.
Segundo Manuel Ribeiro, a azeitona é lavada e separada da terra e das folhas e, quando chega à cooperativa, é imediatamente colocada na linha de transformação para não se deteriorar.
O azeite de Murça, com denominação de origem protegida, é predominantemente produzido à base das castas verdeal, redondal e madural e de azeitonas provenientes exclusivamente do concelho.
Embora a transformação da azeitona na cooperativa de Murça seja efectuada de forma modernizada, a sua apanha continua a fazer-se segundo os moldes tradicionais. Os agricultores, munidos de varas com 1,5 a dois metros e lonas que colocam no chão em volta da oliveira, varejam a azeitona, sendo a que cai no chão apanhada manualmente, bago a bago.



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