Eram cerca das 23.00 de terça-feira quando foi dado o alarme para os bombeiros. Um casal, Firmina Marques Pereira de 60 anos e o marido, José Carvalho Pereira, de 53, foram atropelados mortalmente quando seguiam na berma da estrada, na Rua Camilo Castelo Branco, na freguesia de Salvador, em Ribeira de Pena. O condutor de 30 anos - que até é motorista profissional - fugiu e só foi detido mais tarde. Acusou álcool no teste e o veículo não tinha seguro.

O casal, residente em Lisboa, estava a passar férias em Ribeira de Pena e realizava um pequeno passeio quando uma viatura ligeira os colheu. Os Bombeiros de Ribeira de Pena, accionados para um atropelamento, foram o primeiro meio de socorro a chegar ao local, tendo encontrado Firmina já inconsciente. José, o marido, estava consciente, mas os ferimentos graves fez com que os bombeiros accionassem de imediato a VMER, do Hospital de Vila Real.

Depois de estabilizarem os feridos, os bombeiros marcaram \"encontro\" na A7 com a VMER. Os esforços médicos não resultaram e Firmina e José não resistiram aos ferimentos. A mulher, ao que apurou o DN, já estava cadáver e o homem terá sido vítima de duas paragens cardíacas, mas, apesar da tentativa de reanimação, chegou sem vida ao Centro Hospitalar de Vila Real.

O condutor, que fugiu do local deixando as vítimas prostradas na estrada sem assistência, acabaria por ser detido algum tempo depois pela GNR. O jovem, de 30 anos, motorista de profissão, residente no lugar da Sobreira, também em Ribeira de Pena, foi traído por vestígios da sua viatura deixados no local, que fizeram com que a GNR acabasse por localizá-lo.

O indivíduo, para além de apresentar uma taxa de alcoolemia superior ao permitido por lei, conduzia um veículo ligeiro sem seguro e pode ser acusado pelo crime de negligência grave por não ter socorrido as vítimas. O facto de não ter seguro e de conduzir sobre o efeito do álcool agravam a situação. Foi presente a tribunal, mas como não foi apanhado em flagrante, foi apenas constituído arguido e vai aguardar o julgamento em liberdade sob termo de identidade e residência.

Ontem, as marcas do acidente ainda eram bem visíveis no asfalto e em Ribeira de Pena não se falava de outra coisa. \"Ele até podia vir com os copos, mas já se sabia que mais dia menos dia ia-se dar aqui uma desgraça. Esta estrada não tem segurança nenhuma\", comentou um popular.



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