O teatro serviu de palco no serão de sábado para mais uma Pechakucha Night, onde 12 oradores falaram sobre os seus projetos, sobre as suas vidas e as suas paixões perante uma plateia, no mínimo, interessada.

 

Teve lugar sábado à noite, pelas 21h30, nas instalações do Teatro Municipal de Bragança, a segunda edição do Pechakucha Night. Depois de, em abril, a primeira iniciativa do género a decorrer na capital do nordeste ter sido considerada um sucesso, os organizadores decidiram concretizar outro evento dentro do mesmo conceito na noite de 24 de setembro.

Com entrada gratuita, a abrir as hostes discursivas esteve o fotógrafo António Sá, mas seguiram-se outros oradores e artistas, entre os quais, e sem qualquer ordem específica, Miguel Moreira e Silva, Leonor Afonso, Inês Moreira, Fernando Alves, António Ramião, Luísa Rodrigues, Pedro Morgado, Rui Freixedelo, Tim Steiner, Samuel Silva, David Vaz e Miguel Tabuada.

Importado do Japão e a acontecer um pouco por todo o mundo, este conceito, que tem o carimbo da Pechakucha internacional, baseia-se em apresentações de 20 imagens, sendo que por cada uma, o orador tem 20 segundos, o que dá a cada um dos participantes seis minutos e quarenta segundos para poderem explanar as suas ideias, divulgar os seus projetos pessoais, contar a sua arte, falar sobre o seu trabalho ou imortalizar as suas paixões, transformando os monólogos, normalmente, enfadonhos neste tipo de eventos, em apresentações dinâmicas, capazes de captar o interesse do público presente.

“Uma das dimensões do trabalho da Orquestra Fervença é de pensamento, de partilha, de cruzamento de ideias e, dentro dessa área, temos várias atividades e uma delas foi tentar juntamente com algumas pessoas da sociedade civil de Bragança trazer a chancela do Pechakucha internacional, que está em mais de 900 cidades, para Bragança e começar a organizar estes eventos”, começou por declarar o coordenador do projeto da Orquestra Fervença, entidade organizadora da iniciativa, que contou com o apoio do município brigantino, bem como do teatro municipal.

“É sempre o mesmo conceito, 20 imagens em 20 segundos, e esta noite temos um elenco de 12 oradores, de Bragança ou com alguma ligação à cidade, desde jornalistas, arquitetos, decoradores, artistas, médicos e mais uma vez cumprimos o princípio da Orquestra Fervença que é colocarmos no mesmo palco um conjunto transversal de perfis”, continuou a explicar Ricardo Batista, momentos antes do evento, que terminou por volta das 23h30, ter tido início.  

“Nós esperamos que haja a edição 550, pois a ideia do Pechakucka é nunca terminar. A nossa proposta foi fazermos duas no primeiro ano, mas com este género de impacto a ideia é continuarmos”, asseverou o responsável, garantindo entre linhas que outras edições poderão estar para breve, até porque a adesão do público brigantino tem sido bastante positiva.

Um dos oradores nesta segunda edição foi Miguel Moreira e Silva com quem o Diário de Trás-os-Montes esteve à conversa minutos antes de subir ao palco. “A minha apresentação vai ser sobre a máscara. Escolhi 20 máscaras da minha autoria e vou fazer uma pequena dissertação sobre essa temática”, revelou o artista brigantino, que já havia sido convidado para a primeira edição, mas que, por ter assumido outros compromissos anteriormente, não conseguiu participar.  

“Estou um bocado preocupado porque sejamos sinceros, não preparei nada e vai ter que ser um bocado de improviso”, confidenciou Miguel Moreira e Silva, com o carisma caraterístico de um artista.

 


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