O ministro do Ambiente anunciou hoje, em Montalegre, a contratação de mais 25 pessoas para integrarem o corpo nacional de agentes florestais que vão reforçar a prevenção e vigilância em áreas cinco protegidas.

João Matos Fernandes esteve hoje em Montalegre, no distrito de Vila Real, para a apresentação dos projetos de prevenção contra incêndios e restauro do Douro Internacional, Montesinho, Tejo Internacional e Serra da Malcata, num investimento global de quatro milhões de euros.

O governante anunciou a abertura de um concurso, publicado hoje em Diário da República, "para contratar mais cinco equipas, mais 25 pessoas, que vão ficar nestes cinco parques".

Estes operacionais vão reforçar a prevenção e vigilância nestas áreas protegidas e a sua contração está incluída nos planos de restauro e prevenção contra incêndios, apresentados agora e que foram adaptados do plano-piloto delineado para o Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG).

"Começámos há um ano com o projeto-piloto da Peneda Gerês e tivemos muito bons resultados porque tivemos mais 50 homens no terreno, o que fez com que tivéssemos uma muito maior capacidade de agir e de apagar os fogos logo no início", referiu o ministro.

No entanto, ressalvou que "a prevenção estrutural é muito mais do que isso e, por isso, é que, passada a época de incêndios, estes mesmos 50 homens já limparam 80 quilómetros de caminhos e 80 hectares de terreno".

"É esta experiência que vamos multiplicar em mais cinco áreas protegidas/parques nacionais do país", sublinhou.

Segundo explicou, como "os territórios são todos diferentes, a única coisa que verdadeiramente se pode repetir é ter mais homens no terreno".

Hoje, em Montalegre, foram apresentadas seis equipas do corpo nacional de agentes florestais, com 30 homens, e, segundo João Matos Fernandes, vão ser então contratadas mais 25 pessoas.

Após os incêndios que assolaram o Gerês, em 2016, foi criado um plano-piloto que vai ser, agora, replicado, com as devidas adaptações, em duas áreas protegidas atingidas por fogos em 2017, o Parque Natural do Douro Internacional e o Monumento Natural das Portas de Ródão.

O Governo decidiu ainda levar a efeito uma intervenção de caráter preventivo em três outras áreas que incluem os Parques Naturais do Tejo Internacional e de Montesinho e a Reserva Natural da Serra da Malcata.

Com estes projetos, pretende-se promover a prevenção estrutural contra incêndios e restaurar áreas florestais relevantes para a conservação da natureza que foram percorridas por incêndios em 2017 e mobilizar equipamentos e meios para a execução das ações no domínio da prevenção, da vigilância e da recuperação de habitats.

Entre as medidas comuns a todas estas áreas protegidas estão a aposta na prevenção e vigilância, campanhas de sensibilização para boas práticas silvopastoris, campos de alimentação para aves necrófagas e contratação de equipas de vigilantes da natureza.

No Tejo Internacional vão ser reconvertidas áreas de eucaliptais abandonados e aumentadas as áreas de azinhais e zimbrais e, no Montesinho, vão ser valorizados 200 hectares de habitat do lobo ibérico.



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